Fernando Rostock, CIO da Yamaha Brasil, Frank Koja, Diretor Geral da Kyndryl Brasil e Alexandre Maioral, Presidente da Oracle Brasil
O segmento de motos apresentou crescimento de 33,68% no primeiro trimestre de 2022 em relação ao mesmo período do ano passado. A Yahama Motor do Brasil está acompanhando o bom momento e, nos últimos cinco anos, cresceu 86,8%. Em entrevista exclusiva ao IT Forum, Fernando Luiz Rostock, CIO da Yamaha, contou que alguns fatores são responsáveis pelos resultados: pessoas que querem fugir do transporte público, aumento do delivery, trabalho híbrido e a alta do preço dos combustíveis.
“Nós temos desafios para atender essa demanda crescente, seja em volume de produção, de logística, mas também de tecnologia e processos. Quando olhamos para cloud, precisamos de agilidade, flexibilidade e escalabilidade para acompanhar esse crescimento de negócios”, comentou.
Esse foi o impulsionador de uma parceria entre a empresa e a Kyndryl, provedora de serviços de infraestrutura de TI. As companhias anunciaram uma colaboração para a migração das cargas de trabalho de gestão da empresa para a OCI (Oracle Cloud Infraestructure). A Kyndryl está ajudando a migrar mais de 40 bancos de dados e 29 aplicações Oracle de uma infraestrutura local para a nuvem. Com essa migração, a Oracle cuidará da implementação e da transição e a Kyndryl gerenciará o rastreamento do processo e a execução do ambiente de nuvem.
A transformação digital da Yamaha está acontecendo há quase três anos. Desde 2019, a empresa decidiu se reposicionar na área digital, com foco em ter o cliente no centro do negócio. Dessa forma, a área de TI se tornou mais estratégica, exercendo um forte papel, tanto pelos projetos quanto por ajudar a reinventar a companhia.
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“Toda essa pegada de transformação está calçada em uma melhor experiência do cliente, cultura mais ágil, cultura de dados, excelência de processos, atendimento ao cliente. Temos, ainda, um plano diretor para a área de TI que é um plano de quatro anos e vai até 2024/2025”, disse Fernando.
Parte desse documento fala sobre migrar aplicações para a nuvem. Com um longo relacionamento com a Oracle, ao estudar possibilidades, foi um passo natural escolher a fornecedora para o projeto. A Kyndryl foi eleita para desenhar, em conjunto com as outras empresas, uma arquitetura para a movimentação do ambiente mais complexo de bancos de dados e aplicações sensíveis para a nuvem. Além disso, após a implementação, será responsável por toda a arquitetura.
“Quando fizemos o spin off, em 2020, tomamos algumas decisões que, quando o Fernando fala, soa como música. O nosso foco são as pessoas. A Kyndryl é uma empresa que não tem produtos, mas pessoas. Desde o início da Kyndryl, já fizemos mais de 3.500 certificações – com foco em ter as pessoas com mais conhecimento possível para poder ser relevante. O segundo ponto é agir como integrador: desde 2021, estamos construindo o nosso ecossistema. Quando falamos da Oracle, é a consequência de um trabalho que tem credibilidade para trabalhar com as maiores empresas de tecnologia”, resumiu Frank Koja, diretor-geral da Kyndryl.
Ele explica que a mudança de escala prometida pelo crescimento do mercado não é simples. Ao mudar de escala, é necessário ter um preparo muito grande, com uma infraestrutura de TI complexa e necessidade de gente mais capacitada em um âmbito plural. O papel da Kyndryl é capacitar as pessoas e, quando a Yamaha precisa de algo que não tem dentro de casa, poder atendê-la.
Fernando frisa que essa é uma parceria de longo prazo. Após o término a parte de migração, em novembro, a Kyndryl será responsável pela gestão do projeto – ao menos pelos próximos quatro ou cinco anos.
“Tem um ponto importante nessa história: o time de TI da Yamaha é relativamente pequeno, com menos de 100 pessoas. O time de infraestrutura tem 15 pessoas, contando terceiros. É importante ter essa relação de confiança para ter autonomia da gestão do ambiente para que os colaboradores da Yamaha foquem em projetos, inovação e possam dar vasão para as ideias”, afirmou o CIO da Yamaha.
Para a Kyndryl, essa também é uma oportunidade. “O projeto tem uma relevância justamente porque conseguimos integrar a nossa estratégia exatamente como a gente pensou. É como se tivéssemos nos preparado para fazer um filme e a obra deu certo porque os atores desempenharam bem os seus papéis. Esse case para nós é lindo porque conseguimos colocar a Kyndryl através do conhecimento das pessoas”, comemorou Frank.
Fernando não comenta abertamente sobre os investimentos da Yamaha em tecnologia. Apesar disso, nos revela que o portfólio de projetos da área está aumentando não apenas em quantidade, mas em valores. “Esse projeto específico não foi fácil de aprovar. A gente tem o data center rodando e não está dando problema para ninguém ainda. Tivemos que mostrar que pode dar um grande problema conforme queremos crescer. Temos que mostrar para a diretoria não só o projeto de implementação, mas a perspectiva dos próximos anos.”
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