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Você é workaholic? 5 passos para saber se você leva seu trabalho a sério demais

Cenas comuns em reuniões de negócios são executivos disputarem quem está trabalhando mais, como se isso fosse motivo de orgulho. No entanto, o que não se percebe nessas situações é que pode se estar caracterizando uma disfunção, que é o fato de ser um workaholic, ou seja, trabalhador compulsivo.

Esse desafio se encaixa muito bem para profissionais de TI. Afinal, com a tecnologia cada vez mais aplicada aos negócios, o papel das equipes têm ganhado importância – consequentemente crescem as horas trabalhadas. Em paralelo, a TI é responsável por manter os sistemas em dia, o que impacta diretamente no resultado de todas as outras áreas. Afinal, é preciso cuidar de toda infraestrutura de redes, telefonia, Wi-Fi etc, 24 horas por dia.

Pesquisa da SolarWinds, por exemplo, aponta que 91% dos funcionários de TI trabalham além do horário – entre eles, 57% fazem essas horas extras sem remuneração. Os resultados do estudo, realizado nos EUA e no Canadá, indicam que profissionais da área tendem a ir além do escopo de suas principais responsabilidades, à medida que o panorama dos negócios demanda mais da atenção, tanto no escritório quanto fora dele.

Mas o que é workaholic e quais os riscos envolvidos com esse problema? Celso Bazzola, diretor-executivo da Bazz Consultoria, listou as principais dúvidas relacionadas ao tema. Confira:

1. Características do workaholic

Características de pessoas com esse problemas são fáceis de perceber. São elas que constantemente trabalham mais de 12 horas por dia no escritório e ainda leva serviço para casa. É ela também que constantemente recebe críticas por no fim de semana ficar sempre de olho no celular e checar as mensagens a cada hora para ver se existe alguma pendência no trabalho.

2. Eu sou?

Segundo Bazzola, é mais fácil localizar uma pessoa com esse problema do que tratar. “Hoje são constantes os casos de workaholics e isso se percebe a partir do momento que a pessoa não consegue se desligar do trabalho, deixando de lado sua convivência social, seja com familiares ou amigos. Assim a pessoa se torna um trabalhador viciado e compulsivo, mesmo fora de seu ambiente de trabalho ele cria um novo ambiente recheados de temas sobre seus negócios, não há situação que o faça se desligar do trabalho.”

Sintomas desse distúrbio de comportamento é uma autoestima exagerada, insônia, mau-humor, impotência sexual, atitudes agressivas em situações de pressão e, muitas vezes, depressão.

3. Problemas relacionados

Para Bazzola, a situação pode ser bastante problemática e pode trazer sérios prejuízos para o profissional e, até mesmo, à empresa. “Acredito que para empresa a situação traz mais desvantagens do que vantagens. Inicialmente pode ser interessante, pois a velocidade dos resultados é satisfatória, porém há um desgaste emocional natural do profissional, pois ele estará isolado e restrito ao tema trabalho, bloqueando sua sociabilização o que poderá resultar em sérios transtornos futuros para sua vida.”

A situação pode ser tão grave que estudos recentes de casos clínicos em consultórios psicológicos e psiquiátricos apontam que o vício de trabalho é similar à adição ao álcool ou cocaína. Tornado o trabalho, nesses casos uma obsessão doentia.

4. É preciso saber viver

Segundo Bazzola, não há pecados em trabalhar esporadicamente além de sua carga diária, desde que essa ação seja meramente por necessidade de urgência e de impacto específico. “Isso, para o mercado de trabalho, acaba sendo um diferencial, mas o profissional e as áreas de Recursos Humanos devem identificar quando não há exageros em uma rotina normal de trabalho. A partir do momento que a carga horária começa a extrapolar constantemente é momento de refletir. O trabalho será saudável enquanto não aprisiona a pessoa na necessidade constante de falar e estar agindo pelo trabalho”.

O caminho para combater esse problema é assegurar o equilíbrio, entre a vida pessoal e profissional, buscar valorizar mais os momentos de lazer e perceber que o descanso é fundamental para melhoria de resultados e busca de novas ideias que podem potencializar os resultados no trabalho.

5. Workaholic x worklover

É importante sabermos diferenciar o amor ao trabalho do vício. Um worklover tem noção de que o excesso se refletirá em conflitos nos relacionamentos pessoais, além de proporcionar efeitos nocivos à saúde e bem-estar. Existem profissionais que buscam entregar resultados e isso é positivo. É importante ter em mente que, o fato de ser um workaholic não significa que o profissional seja mais produtivo. Muitas vezes, vemos pessoas que não conseguem ter organização no seu dia a dia e acabam trabalhando mais tempo para entregar o mesmo resultado.

É importante lembrar que a vida é muito mais do que só trabalhar e que uma mente que não descansa não é totalmente sã. Assim, não adianta trabalhar demais, isso possivelmente ocasionará erros e retrabalhos. Portanto, tem que parar de trabalhar até para poder trabalhar bem. É uma questão de lógica.

 

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