Você confiaria em pedidos feitos por um robô no trabalho?

Pesquisa ouviu líderes e funcionários de RH para saber a resposta. Veja o que eles disseram

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10:05 am - 24 de julho de 2018

As pessoas já estão prontas para aceitar instruções dadas por robôs no trabalho, de acordo com novo estudo conduzido pela Oracle e Future Workplace, empresa de pesquisa que prepara líderes para grandes mudanças no recrutamento, desenvolvimento e engajamento de funcionários.

O estudo envolveu 1.320 líderes e funcionários de RH dos EUA e constatou que, embora as pessoas estejam prontas para adotar a inteligência artificial (AI, na sigla em inglês) no trabalho e entendam que os benefícios ultrapassam a automação de processos manuais, as organizações não estão fazendo o suficiente para ajudar seus funcionários a adotar a AI. Consequentemente, a produtividade diminuirá, as habilidades ficarão obsoletas e haverá perda de emprego.

O estudo – AI at Work (Inteligência artificial no trabalho) – identificou grande diferença entre o modo como as pessoas estão usando AI em casa e no trabalho. Apesar de 70% das pessoas estarem usando alguma forma de inteligência artificial na vida pessoal, apenas 6% dos profissionais de RH estão implementando ativamente a inteligência artificial e somente 24% dos funcionários estão usando alguma forma de AI no trabalho.

Para determinar por que existe uma lacuna na adoção da AI quando as pessoas já estão claramente preparadas para aceitar a AI no trabalho (93% confiam nos pedidos de um robô), o estudo examinou as percepções de líderes e funcionários de RH sobre os benefícios da AI, os obstáculos que impedem a adoção e as consequências para o negócio.

Potencial de AI

Todos os entrevistados concordaram que a AI terá um impacto positivo nas organizações e, quando questionados sobre seu maior benefício, os líderes e funcionários de RH afirmaram ser o aumento da produtividade. Nos próximos três anos, os entrevistados esperam que os benefícios incluam:

Os funcionários acreditam que a AI aumentará a eficiência operacional (59%), agilizará a tomada de decisão (50%), reduzirá significativamente o custo (45%), possibilitará melhores experiências ao cliente (40%) e melhorará a experiência do funcionário (37%).

Os líderes de RH acreditam que a AI terá um impacto positivo no aprendizado e desenvolvimento (27%), gestão de desempenho (26%), remuneração/folha de pagamento (18%) e recrutamento e benefícios dos funcionários (13%).

Aquecendo os motores

Apesar do potencial para melhorar o desempenho dos negócios, os funcionários e líderes de RH acreditam que as organizações não estão fazendo o suficiente para preparar seus colaboradores para a AI. Os entrevistados também identificaram uma série de outras barreiras que refreiam essa tecnologia na empresa.

Praticamente todos (90%) os líderes de RH preocupam-se em não serem capazes de se adaptar à rápida adoção da AI como parte de seu trabalho e, para piorar as coisas, não estão capacitados para lidar com a falta de mão de obra qualificada para lidar com AI em sua organização .

Mais da metade dos funcionários (51%) está preocupada em não conseguir se adaptar à rápida adoção da AI e 71% acreditam que as habilidades e o conhecimento da AI serão importantes nos próximos três anos. Apesar disso, 72% dos líderes de RH observaram que organização não fornece nenhum tipo de programa de treinamento em AI.
Além da lacuna de habilidades, os líderes e funcionários de RH identificaram o custo (74%), a falta de tecnologia (69%) e os riscos de segurança (56%) como as outras principais barreiras à adoção da IA na empresa.

Perda de empregos

Apesar de toda a conversa sobre as pessoas estarem preocupadas com a AI ser introduzida no ambiente de trabalho, o estudo descobriu que o contrário acontece com líderes e funcionários de RH (79% dos líderes de RH; 60% dos funcionários) acreditam que a falha em adotar a AI terá consequências negativas para suas próprias carreiras, colegas e organização como um todo.

Os entrevistados identificaram que a produtividade diminuirá, as habilidades ficarão obsoletas e haverá perda de emprego. Essas são as três principais consequências de não se adotar a AI na força de trabalho.
Do ponto de vista organizacional, os entrevistados acreditam que adotar a AI terá impacto mais positivo sobre os diretores e altos executivos. Deixando de capacitar as equipes de liderança com AI, as organizações podem perder uma vantagem competitiva.

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