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Visa discute preparação para o futuro do comércio

Um dos impactos diretos causados pela pandemia do novo coronavírus está acontecendo no varejo. Comércios de todo o mundo estão direcionando esforços para mitigar os efeitos da doença, e para isso estão revolucionando suas marcas.

Em um webinar sobre a transformação deste mercado, Andrea Bisker, CEO da Sparkoff e Head da Stylus Brasil, falou sobre as mudanças financeiras que tem acontecido no mundo e iniciativas para a recuperação deste cenário, principalmente em relação aos grandes líderes de alguns segmentos.

“A economia é um ecossistema interligado. Já estávamos ligados financeiriamente, mas agora emocionalmente também. Um dos movimentos mais encorajadores é ver as marcas gigantes se posicionando como líderes. Como Ambev, Nestlé, iFood. Estas são iniciativas cruciais, porque a recuperação pós crise depende da recuperação e sobrevivência dos pequenos empresários”, afirma.

Um novo mercado

Ao falar sobre a movimentação da Visa para apoiar especialmente os pequenos varejistas, Fernando Pantaleão, VP e head de soluções para comércio da companhia, afirmou que a empresa precisou acelerar sua própria transformação digital em até quatro anos, com soluções como débito pela internet, links de pagamento e reforços em cibersegurança.

“Brasil está aprendendo a sair de uma postura individualista para um ambiente compartilhado, o ambiente do milênio de juntar forças. A gente tinha uma agenda grande de digitalização do comércio, e a crise trouxe isso para gente como uma urgência”, conta o execuctivo.

Para ele, todas as empresas de base tecnológica já têm uma vantagem competitiva em um cenário hostil e incerto como o de uma crise. “Toda empresa que já tem uma infraestrutura baseada em API consegue se movimentar mais rapidamente. Sem sombra de dúvidas, elas têm uma condição de se adequar ao novo cenário muito mais rapidamente, qualquer que seja ele. A empresa mais avançada digitalmente sempre tem vantagem”, garante.

Mas não são apenas as gigantes que podem encontrar caminhos para driblar os desafios para o comércio. Para Andrea, o cenário está se tornando positivo também para as PMEs, mas requer esforços. “A digitalização é crucial agora e mais ainda no futuro, e é um processo que requer investimento e tempo. Os empresários precisam agir como empreendedores nesse momento. Tem que considerar que o digital é a forma do consumidor hoje em dia, então a gente tem que investir nesse universo.”

A especialista acredita que os comércios que ainda não adentraram o mundo digital estão frente a frente com a maior oportunidade da história para tirar vantagens do e-commerce. “Quem está fora do online hoje, está num momento bárbaro pra entrar, porque tem muita ferramenta gratuita. Tem que encarar esse movimento como uma grande oportunidade. Em vez de pensar que o negócio foi reduzido, tem que pensar que ele foi expandido para o mundo digital, porque o físico entrou em segundo plano”, diz.

Gerar autoridade

Além de se atentar às mudanças exigidas pela transformação digital, os empreendedores precisam entender que os consumidores e seus hábitos mudaram. Os negócios que antes atendiam as demandas dos clientes no mundo pré-coronavírus, precisam repensar seus produtos e serviços para continuarem presentes no “novo normal” e orientar estratégia de produto considerando um novo estilo de vida.

Para Fernando, mesmo que o negócio do empreendedor dependa exclusivamente do mundo físico, há diversas formas de garantir uma forte presença digital agora, em que grande parte da população brasileira está em isolamento social.

“Você pode fazer gratuitamente o serviço, sabendo que a pessoa vai voltar pra ele depois da pandemia. Tem prestador de serviço que está diminuindo o valor do serviço porque não tem que se locomover. Tem que se doar um pouco para colher lá na frente. As pessoas estão sensíveis a isso nesse momento”, explica.

Andrea acredita que a autoridade das empresas, no momento, está estritamente ligada ao propósito delas. “Além do pequeno e o médio terem que entender se o produto está adequado, ele tem que entender como ele quer ser lembrado no futuro. Qual o propósito dele existir? Os consumidores amam marcas que amam pessoas. Se o cabeleireiro está vendendo aprendizado agora, amanhã ele vai ser lembrado como uma marca que apoiou as pessoas na hora que elas precisaram, e esse é o grande legado que você pode deixar nesse pós-covid. Uma das grandes mudanças é que os consumidores vão escolher marcas que são mais humanas. Você, como pequeno empreendedor, como não deixa o consumidor na mão?”.

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