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Veritas busca abstrair a complexidade da TI usando ‘dados contra dados’

Companhias estão cada vez mais sedentas por dados, afinal, muitas sabem que neles residem uma chave para sair à frente da concorrência. Entretanto, o crescente volume de informações produzidas tem dado um novo peso à complexidade das áreas de TI e de negócios das empresas. Tenha como referência a projeção de que, em 2025, serão gerados 175 zettabytes de dados, de acordo com estimativa da IDC.

Nicolas Day, Chief of Strategy da Veritas, diz que a única saída para lidar com esse universo é – também – usar dados. O executivo esteve em São Paulo nesta quarta-feira (9/10) para o evento anual da companhia, o Veritas Vision Day. “Você vê ameaças chegando, novas regulações a caminho e encontrar valor nessa bagunça de dados pode ser desafiador. Mas uma forma de resolver isso é usar dados para gerenciar dados. Você consegue classificá-los. E uma vez que isso é feito, você consegue criar políticas, automatizar e simplificar. Você diminui custos. Nós fizemos isso com companhias, tiramos terabytes de dados, coisas que eles sequer sabiam que tinham”, destacou.

A Veritas é uma empresa líder em gerenciamento de dados corporativos com sede em Santa Clara, Califórnia. Em 2005, a Symantec adquiriu a companhia por US$ 13,5 bilhões para depois vendê-la em 2015. O movimento era visto como uma forma das duas empresas se fortalecerem em suas estratégias que, segundo analistas do mercado avaliavam na época, nunca obteve uma fusão bem-sucedida. A Veritas acumula uma trajetória que ultrapassa 30 anos e muito do seu crescimento pega carona na onda da digitalização de seus clientes. E a complexidade que hoje é vivenciada em ambientes multicloud e cloud híbrida são também prato cheio para a Veritas.

Não há valor no Dark Data

Jyothi Swaroop, Vice-presidente global de Marketing da Veritas, gosta de dizer que as soluções da companhia se dedicam a abstrair a complexidade ao redor dos dados. Em junho deste ano, a companhia anunciou o Enterprise Data Services Platform que vai de encontro a esta missão. De acordo com a companhia, a plataforma permite que clientes consigam proteger e recuperar dados, além de oferecer insights que orientam para a eficiência operacional e atendem a conformidade com regulações. Em pormenores, a Veritas diz que a plataforma consegue dar mais controle às organizações no que tange a propriedade dos dados.

É neste contexto que entra o que Swaroop destaca como uma espécie de peso morto quando se olha para os dados que empresas coletam no dia a dia: o chamado “dark data”. Na escuridão desses dados não existe nenhum valor. Segundo pesquisa encomendada pela própria Veritas, 52% dos negócios das corporações são “dark data”. Eles são assim chamados, pois não são cobertos por nenhuma política das empresas. Na maioria das vezes, são dados que sequer as companhias sabem que existem nas organizações.

Swaroop conta que um dos clientes da Veritas é o Bank Of America. Com as soluções da companhia, conseguiu-se apagar “toneladas” de dados desnecessários. E por que apagar tais dados? Porque eles custam às empresas. “Você continua armazenando dados e levando-os para a nuvem e gasta com isso”, destaca o executivo. “Uma das coisas que as pessoas esquecem é sobre politicas. É difícil ter um ambiente de TI que é personalizado para cada politica, o que você precisa é ter visibilidade dos dados. Você tem de saber onde estão. Outra parte que diz respeito às regulações é o ‘botão de apagar’. Você só tem a confiança de pressionar esse botão ao saber os dados que você tem”, complementa Swaroop fazendo menção ao direito de esquecer que regulações como a GDPR e a LGPD cobrem. Segundo o executivo, a Veritas suporta 500 workloads em mais de 60 clouds, dando uma cobertura extensiva à complexidade.

Brasil

Gustavo Leite, Country Manager da Veritas no Brasil, destaca que a região entregou “um ano sólido” para a companhia, sem abrir ou detalhar números. Segundo dados do Gartner, atualmente, a Veritas detém 24% do mercado de backup e recuperação de dados no Brasil. O executivo conta que a companhia consolidou presença na região sudeste e sul, além de ter concentrado investimentos na região norte e nordeste. Brasília também assumiu importante protagonismo na operação da companhia. Segundo Leite, trata-se de “uma importante praça da Veritas no Brasil”, com soluções da companhia, inclusive, protegendo sistemas críticos como o sistema de transplante do Ministério da Saúde.

No Brasil, a Veritas opera 100% através de canais. “Não temos interesse de faturar direto, o que traz uma confiança muito grande por parte dos parceiros”, destaca Leite.

 

 

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