Na última terça-feira (10), aconteceu o tão aguardado evento de lançamentos da Apple. No entanto, os maiores aplausos não foram para a câmera tripla do iPhone 11 Pro ou a tela sempre ativa do Apple Watch. Em vez disso, o maior entusiasmo da plateia ficou para os slides que geralmente são recebidos com silêncio absoluto: os preços.
Ao contrário do esperado, a Apple reduziu o valor do seu serviço de streaming, do Apple Arcade, anunciou mais iPads pelo mesmo preço e – a maior surpresa de todas – diminuiu o preço do iPhone 11 em US$ 50. Tudo isso sem falar no ano gratuito de Apple TV + que o usuário vai receber com praticamente qualquer compra de dispositivos da empresa.
De fato, essa não é a direção que os preços da Apple costumam seguir. No ano passado, por exemplo, nos deparamos com valores mais altos em todos os lançamentos. Antes do evento de terça-feira, eis os preços que nós esperávamos:
Apple Arcade: US$ 7,99
Apple TV+: US$ 12,99
iPad: US$ 349
Apple Watch Series 5: a partir de US$ 399
Apple Watch Series 4: a partir de US$ 299
iPhone 11: US$ 749 / US$ 799 / US$ 899
iPhone 11 Pro: US$ 999 / US$ 1.149 / US$ 1.349
iPhone 11 Pro Max: US$ 1.099 / US$ 1.249 / US$ 1.449
Esses preços já não são ruins. O Apple TV+ ainda seria mais barato que o nível 4K da HBO e da Netflix, e o Apple Arcade ainda ficaria abaixo do Google Stadia. O iPad, com novos recursos, como suporte a teclado inteligente, aumentaria apenas US$ 20. E os iPhones, equipados com melhores câmeras e bateria manteriam pelo mesmo preço. Mas as suposições estavam erradas. Veja como os preços realmente foram anunciados:
Apple Arcade: US$ 4,99
Apple TV +: US$ 4,99
iPad: US$ 329
Apple Watch Series 5: a partir de US$ 399
Apple Watch Series 3: a partir de US$ 199
iPhone 11: US$ 699 / US$ 749 / US$ 849
iPhone 11 Pro: US$ 999 / US$ 1.149 / US$ 1.349
iPhone 11 Pro Max: US$ 1.099 / US$ 1.249 / US$ 1.449
Enquanto os Apple Watch Series 5 e os iPhones 11 Pro e Max mantêm seus preços, todos os outros lançamentos receberam valores menores do que o previsto. Pense no seguinte: US$ 4,99 por mês para o Apple Arcade é menor que o preço, por exemplo, do Minecraft (US $ 6,99); e o custo mensal do Apple TV+ é menor que o preço do aluguel de novos lançamentos na iTunes Store. Na verdade, o Apple TV+ é uma pechincha em comparação à Netflix.
Francamente, estão todos surpresos. Com streaming em 4K e algumas das principais celebridades, incluindo Jennifer Aniston, Reese Witherspoon, Steven Spielberg, Oprah Winfrey e JJ Abrams, a Apple não poupou esforços quando se trata dos seus conteúdos originais, por isso não era difícil imaginar uma assinatura mensal de US$ 9,99 ou US$ 14,99 , especialmente porque a companhia está dando um ano grátis para quem comprar um iPhone, iPad, Mac ou Apple TV.
Essa iniciativa da companhia funciona em dois sentidos. Se você está comprando um dispositivo Apple, o ano grátis do Apple TV + é um excelente benefício, mas se você não planeja comprar um novo iPhone ou iPad, US$ 4,99 por mês não afetarão tanto o seu orçamento mensal. Por conta da sua disponibilidade em outras TVs e dispositivos inteligentes, o Apple TV + pode muito bem ser o primeiro produto da Apple que muitas pessoas terão.
A diferença de preço do iPhone XR para o 11 pode ser de apenas 7%, mas faz uma grande diferença. Por um lado, a Apple traz o preço de entrada de um novo iPhone de volta ao que era quando a geração 8 foi lançada. Por outro lado, reduz ainda mais os valores dos modelos mais antigos:
iPhone XR (64GB / 128GB): US$ 599 / US$ 649
iPhone 8 Plus (64GB / 128GB): US$ 549 / US$ 599
iPhone 8 (64 GB / 1288 GB): US$ 449 / US$ 499
Quando um novo iPhone é lançado, a Apple normalmente retira US$ 100 do preço do modelo mais recente. Mas como reduziu o valor do novo iPhone, com a versão mais barata saindo a US$ 699, quase todos os outros ficaram ainda mais baratos. É uma chatice para quem acabou de comprar um iPhone XR, é claro, mas US$ 599 é um preço bastante atraente. E um iPhone 8 com 128 GB de armazenamento por menos de US$ 500 é realmente incrível. Além disso, um iPhone 11 por US$ 699 é quase bom demais para ser verdade.
Pela primeira vez desde o iPod shuffle, a Apple fez um esforço consciente para tornar seus produtos mais acessíveis. Acompanhamos um vislumbre dessa tendência com o iPad mini e o iPad Air no início deste ano, mas o iPhone 11 realmente mostra que a companhia quer facilitar o consumo. Isso pode significar que a próxima geração de iPads terá redução de preço e talvez o MacBook de 16 polegadas não seja tão caro quanto pensamos.
A Apple não precisou cortar recursos ou sacrificar a funcionalidade dos dispositivos para reduzir o preço do iPhone para US$ 699. Para justificar a diminuição no valor, a empresa poderia ter usado um processador mais lento, ou uma câmera menor, ou deixado de fora o novo chip U1, mas não o fez.
A Apple dedicou parte do final da apresentação ao varejo e, em particular, aos trade-ins. A princípio, parecia uma manobra barata para mascarar o custo de seus produtos, mas na verdade se encaixa bem na filosofia de mudança da Apple. A companhia não vai parar de fabricar produtos de luxo e de alto preço, mas ajudará mais pessoas a comprá-los.
A Apple nunca deixará de ser a Apple, mas nos últimos 12 meses, a empresa parece ter chegado à conclusão de que pode atrair mais consumidores. Pessoas que podem pagar mais de mil dólares em um celular podem ter um dispositivo Apple, mas pessoas que só podem gastar metade disso também conseguem chegar lá.
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