Vício nas redes: UE apura riscos do Instagram e Facebook para jovens
A UE teme que os algoritmos da Meta possam causar "vícios comportamentais em crianças"

A União Europeia lançou formalmente uma investigação contra a Meta, empresa responsável pelas plataformas de mídia social Facebook e Instagram, devido a preocupações sobre a proteção da saúde mental e física das crianças que utilizam essas redes.
O anúncio da investigação pela Comissão Europeia nesta quinta-feira (16) tem como objetivo avaliar se a Meta violou as disposições da Lei de Serviços Digitais (DSA) da UE.
As preocupações se concentram na possibilidade de que a interface do usuário e os algoritmos das plataformas Facebook e Instagram estejam contribuindo para vícios comportamentais em crianças e criando um ciclo de consumo prejudicial, conhecido como “efeitos de coelho”.
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Além disso, há inquietação quanto à capacidade da Meta de evitar que menores acessem conteúdo inadequado, e se suas ferramentas de verificação de idade são adequadas e eficazes.
A investigação também abordará se os sistemas de recomendação de conteúdo e as configurações de privacidade padrão da Meta oferecem proteção suficiente para a privacidade, segurança e bem-estar das crianças.
Essa medida ocorre após os recentes esforços da Meta para aprimorar a segurança infantil em suas plataformas, como restrições de visualização de conteúdo nocivo e limitação da interação com contas adultas suspeitas, numa tentativa de corrigir sua reputação em proteger crianças online.
A Comissão agora está reunindo evidências adicionais, e embora não haja um prazo formal para o processo, a UE pode tomar medidas cautelares durante a investigação. Caso a Meta seja considerada em violação das regras da DSA, poderá enfrentar multas de até seis por cento de sua receita global.
*Com informações do The Verge
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