Túnel ferroviário centenário que virou adega ganha conectividade Wi-Fi 6

Projeto em cave de espumantes transforma patrimônio ferroviario histórico no Paraná em ambiente conectado para visitantes

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12:00 pm - 06 de maio de 2025
Corredoras da Cave Colinas de Pedra (Imagem: Divulgação)

Um túnel ferroviário escondido na serra que separa do mar a cidade de Curitiba, capital do Paraná, e depois transformado em adega, ganhou conectividade sem fio para servir os visitantes. O espaço onde hoje fica a Cave Colinas de Pedra, à cerca de 35 km do centro da cidade, foi construído entre 1880 e 1885, durante o Brasil Império, e mais de 130 anos depois se tornou digital, graças a um projeto da Innon Internet, em parceria com a TP-Link.

O túnel foi desativado em 1969. Era estreito demais para as locomotivas diesel-elétricas. Ficou abandonado por mais de três décadas, até ser comprado em um leilão pelo empresário Ari Portugal no início dos anos 2000, junto com a antiga estação ferroviária de Roça Nova, que fica a cerca de 200 metros da boca do túnel.

Entre 2008 e 2014, o espaço foi transformado na Cave Colinas de Pedra, uma cava subterrânea para maturação de espumantes. A inauguração oficial ocorreu em 24 de janeiro de 2015, e desde então recebeu 40 mil visitantes. Após 10 anos de funcionamento, o projeto de conectividade busca aliar preservação e tecnologia.

Conectando a Cave

A proposta era levar internet de alta velocidade a toda estrutura da Colinas de Pedra, que abriga atualmente um restaurante, uma pousada, espaços externos e o túnel. “Era fundamental garantir uma cobertura estável e contínua em 100% da estrutura, sem comprometer a experiência dos visitantes ou a operação do local”, explica Felipe Scrok Brunoro, gerente do projeto.

A solução Omada by TP-Link, de conectividade corporativa, foi utilizada, incluindo o EAP610-Outdoor, access point Wi-Fi 6 para áreas externas; o TL-SG1024D, switch de 24 portas para múltiplos dispositivos; e o EAP620-HD, access point Wi-Fi 6 para ambientes internos com alta densidade.

A infraestrutura é gerenciada pela plataforma Omada Cloud, que integra os dispositivos em uma interface centralizada para o monitoramento remoto da rede. É possível, segundo os responsáveis pelo projeto, fazer configurações à distância e acompanhar o desempenho da operação. A solução também promete detecção automática de falhas e servidores de backup.

O projeto usa tecnologia OLT (Terminal de Linha Óptica, em tradução livre), equipamento central em redes de fibra óptica FTTH (Fiber to the Home), usado para distribuir o sinal de internet para vários pontos de acesso. O terminal OLT DS-P7001-01 distribui o sinal para os EAPs no local, inclusive o túnel de mais 400 metros de extensão.

Com a nova rede, além de Wi-Fi estável em todo o espaço do Cave Colinas, a operação passou a contar com monitoramento ativo e potencial para aplicações futuras em automação e segurança.

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Redação

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