Priscila Monsanto, diretora de Finanças e líder do programa Women in Action da Dell Technologies, sempre teve afinidade com números. Adolescente no auge da inflação, ela fazia cálculos com facilidade para entender a dinâmica do mercado. A escolha pela graduação de economia, portanto, foi natural.
Quando ingressou na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Priscila se viu diante de uma turma majoritariamente masculina, mas não se intimidou. “Nunca pensei nisso como um problema, porque eu ainda não tinha essa consciência”, disse. A ficha caiu no mercado de trabalho, quando atuava como auditora. “Todos os meus colegas eram homens e percebi que, inconscientemente, comecei a ter visual masculino para me sentir parte do grupo”, comenta ela.
No dia a dia, a relação de trabalho com os colegas era amigável, mas em vários momentos notava que uma parcela queria diminuir sua importância em reuniões e conversas de trabalho. “A consciência plena da distinção das mulheres no mundo corporativo demorou. A primeira vez que percebi que ser mulher era muito mais difícil foi quando engravidei”, conta.
Priscila relata que se sentiu em alguns momentos culpada depois da gestação. “O ônus de cuidar da criança recai muito sobre a mãe e a percepção das pessoas que trabalham com você é de que você não está focada. Nesse momento, percebi que o problema era maior.”
Como líder do Women in Action da Dell para a região Sudeste, programa da empresa para promover o desenvolvimento profissional e condições de igualdade para as mulheres no ambiente de trabalho, Priscila aponta que o fortalecimento da figura feminina na companhia tem sido satisfatório e constante.
“A proposta é atuar não só internamente, garantindo o desenvolvimento das mulheres daqui, como também estimular o ingresso feminino na TI”, contou, ressaltando o fato de que a cultura de diversidade da Dell é muito forte. “É importante promover a carreira, alertar sobre o viés inconsciente de que TI é para homens dentro e fora da companhia.”
Ela lembrou que meninas têm menos desejo por ingressar em carreiras de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM, na sigla em inglês), muito em função da questão cultural e por isso ela e a Dell têm feito papel ativo para fomentar o interesse pela área.
Confiança. Essa é a recomendação de Priscila para as mulheres que querem ingressar em TI. “Pesquisas mostram que elas não se candidatam a uma vaga de emprego se não atendem a todos os requisitos das vagas. Levantamentos mostram, ainda, que elas são as que mais estudam, as que mais investem em suas carreiras. Portanto, procure criar uma rede, porque elas são importantes. Essa é a chave do sucesso”, diz.
Ela também sugere que as mulheres escolham com cuidado as empresas que querem trabalhar. “Nós também podemos e devemos escolher onde queremos estar. Eu acredito muito nisso. Acredito em trabalhar em uma empresa que valorize o talento feminino, como acontece comigo”, finalizou ela.
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