O segundo dia de .Futuro Rio, evento que ocorreu nos dias 17 e 18 de maio, no Rio de Janeiro, para discutir transformação digital, Fabio Scopeta, head of Innovation e Engineering da Microsoft, trouxe mais luz à discussão sobre inteligência artificial (AI, na sigla em inglês). O executivo, em linha com a visão da criadora do Windows e da Cortana, acredita que AI é um recurso que deve estar acessível a todos e mostrou aplicações que a empresa vem desenvolvendo.
Para definir inteligência artificial, Scopeta apontou que a tecnologia precisa ser pensada de forma ampla e holística, norteada por três principais questões: amplificação, democratização e confiança. Ele também reforçou que as discussões sobre a convivência harmoniosa e proveitosa entre humanos e AI, devem ocorrer hoje, neste momento, e não no futuro.
A respeito de amplificação, podemos entender que a AI pode amplificar as habilidades humanas, potencializar ações e resolver problemas que não conseguimos desenvolver apenas com nossos talentos. Um exemplo útil de como AI pode ser poderosa, amplificando ações humanas, é a tecnologia de reconhecimento facial em imagens estáticas ou em movimento (vídeos).
Treinada para reconhecer padrões, a inteligência artificial pode ajudar, por exemplo, a analisar milhares de fotos de bebês desaparecidos em minutos — algo que o ser humano ou um grupo de pessoas teria dificuldade de fazer ou levaria muito tempo para tal, sem qualquer garantia de exatidão — e encontrar, entre essas imagens, correspondências exatas com crianças desaparecidas (mesmo que mais velhas e com mudanças de traços faciais).
Sobre democratização, a Microsoft entende que a AI não deve estar apenas a favor de grandes corporações mas também ao alcance de todas as pessoas, para que entendem como funciona e saibam tirar proveito de recursos simples de visão computacional, reconhecimento de fala, mapeamento de dados e informações complexas, APIs de pesquisa e processamento de linguagem natural e idiomas com scripts pré-criados.
Todo mundo usa inteligência artificial e muita gente não sabe como
“Todo mundo usa inteligência artificial e muita gente não sabe como”, disse Scopeta. “A Microsoft mantém o site Microsoft Cognitive Services [Serviços Cognitivos] em que todos podem reproduzir em casa recursos de inteligência artificial que mostrei aqui”, sugeriu o executivo.
Scopeta aponta que a busca é a forma mais popular de todas do uso da IA na rotina das pessoas, e os assistentes virtuais, como a Cortana, tem se tornado cada vez mais comuns em sistemas de celulares e computadores.
Por último, sobre confiança, o especialista pontuou que qualquer tecnologia, para ser adotada e desenvolvida, pela despertar confiança. Certamente, há muita discussão sobre o uso da IA e sobre os limites e a ética da sua aplicação. Quanto a isso, Scopeta compartilhou quatro preocupações que devem mover os desenvolvimento para que IA seja: inclusiva, transparente, responsável e respeite a privacidade dos nossos dados pessoais.
“Nós todos, certamente, estamos muito empolgados com o potencial da inteligência artificial mas temos que fazer isso de forma ética”, concluiu o executivo da Microsoft, durante palestra no .Futuro Rio.
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