TIM está pronta para oferecer IPv6 em larga escala ao mercado corporativo

Até julho de 2015, todas as operadoras do país deverão estar aptas a adotar o endereçamento IPv6. O prazo foi dado recentemente pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), após acordo com o Centro Gestor de Internet e as empresas de telecom. A TIM informa que já preparou sua rede para oferecer conectividade baseada no novo protocolo em larga escala para seus clientes.
Em 2012, os clientes corporativos com equipamentos compatíveis passaram a ter acesso ao produto Trânsito IPv6. Para os mercados móvel e residencial, estão sendo realizados testes. Nesta fase de transição, a operadora oferecerá as duas soluções simultaneamente (dual stack), o uso de um IP ou de outro dependerá da compatibilidade dos equipamentos dos usuários.
“A TIM foi pioneira, em relação às operadoras com cobertura nacional, ao preparar o seu backbone IP para atender ao novo protocolo“, informa explica Janilson Bezerra, diretor de Inovação da TIM Brasil.
Segundo o executivo, na solução de rede desenvolvida pela TIM, o IPv4 e o IPv6 poderão conviver simultaneamente. “Serviços e plataformas que suportarem o IPv6 farão uso do novo endereçamento. A adoção completa e definitiva requer, em muitos casos, a substituição de terminais de acesso dos usuários e de uma adaptação dos provedores de conteúdo, este é um processo gradual ”, acrescenta Bezerra.
Processo de migração
Em relação aos equipamentos e terminais, o principal empurrão para a mudança do IPv4 para o IPv6 foi dado pela agência reguladora que anunciou que passará a certificar apenas aqueles compatíveis com o novo protocolo.
Os endereços de IP (Rede Nacional IP Multiserviço) são números únicos utilizados para identificar os mais variados tipos de dispositivos utilizados para conexão na rede de dados, tais como, computadores, smartphones e tablets.
Composto por mais de 4,2 bilhões de números, o IPv4 vem sendo utilizado desde o início da comercialização da internet, na década de 90. A mudança deveu-se ao esgotamento destes endereços com a ampliação do uso dos aparelhos eletrônicos.
Para aumentar os números de IP disponíveis foi criado o IPv6, que representa aproximadamente 79 octilhões (7,9×1028) de vezes a quantidade de endereços do protocolo anterior. No Brasil, no entanto, apenas 0,08% do tráfego vem sendo feito na nova versão do protocolo IP.
Atualmente, técnicas de compartilhamento de IP como NAT44 ou CGNAT, vêm sendo utilizadas como uma solução transitória para o esgotamento de endereçamentos no IPv4 no mercado. Embora haja o compromisso das teles – principais provedores de conexão do país – em implantar o novo sistema IPv6, nem todos os provedores de conteúdo se adaptaram. Os principais provedores de conteúdo, tais como Google, Facebook, UOL e Terra já possuem conteúdos em IPv6.
