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Tem dinheiro na mesa, enfatiza presidente da HP Enterprise no Brasil

A crise vivenciada no mercado brasileiro parece não desanimar as empresas de tecnologia da informação. “Tem dinheiro na mesa. A questão é que está mais difícil de conquistar esses projetos”, reconhece Luciano Corsini, presidente da HP Enterprise no Brasil, revelando otimismo. 

Há, porém, muita reticência com relação ao desempenho do setor de TI no Brasil. Espera-se crescimento, contudo, paira no ar um sentimento de retração dos investimentos por parte das organizações. Além disso, a variação cambial exerce um peso considerável nos projetos.

Apesar disso, o segmento no País deve avançar acima da média global. Pelo menos, é o que diz a IDC. A consultoria estima que o mercado brasileiro de TI movimentará US$ 64,3 bilhões em 2015, expansão de 7,3% em comparação ao ano anterior. O montante representa uma percentual acima dos 3,4% esperados para a média de expansão mundial da indústria. 

Corsini observa que as empresas no país tem mantido os investimentos. Esses recursos, porém, não estão sendo canalizados em plano de expansão. Na sua percepção, as companhias buscam recursos computacionais para otimizar custos e automatizar processos.

“E essas demandas trazem muitas oportunidades, pela pressão que a crise impõe às indústrias”, avalia Corsini, para quem o crescimento dos negócios no mercado local dependerá de como o país se comportará frente a incertezas macroeconômicas.

O executivo afirma que a ideia da HPE é ir ao mercado com uma abordagem por indústria, aderente às necessidades de negócio. “É assim que nos preparamos”, acrescenta o responsável pela operação nacional da companhia que nasceu, oficialmente, há algumas semanas da divisão entre os negócios de computação pessoal e soluções corporativas da gigante de tecnologia.

De acordo com o executivo, o processo de separação da organização ao longo dos últimos meses não afetou o desempenho financeiro ou operacional ao longo de 2015. O objetivo do movimento é que, independentes, as empresas tenham mais foco e sejam mais ágeis para responder às transformações de mercado.

Nesse primeiro momento, as companhias trabalham para estabilizar suas operações de suas diversas divisões de negócio para, no longo prazo, retomar o ritmo de crescimento em um ambiente de competição cada vez mais hostil e dinâmica.

Continuidade

A HPE promoveu um primeiro evento depois de seu spin off durante a primeira semana de dezembro. A companhia reuniu milhares de parceiros em Londres (Reino Unido) para apresentar algumas novidades e reforçar suas mensagens. Aparentemente, a postura é de continuidade.

Não há um posicionamento de ruptura nas abordagens da HP (seja Inc ou Enterprise) até então. Do ponto de vista de unidades de negócio e portfólio, houve pouca mudança oriunda da separação, reconhece Corsini, sinalizando uma preocupação da provedora em seguir um rumo que preserve os investimentos feitos por clientes em suas tecnologias.

Ao que parece, as companhias seguirão trabalhando em temas como evolução de equipamentos e soluções para ajudar empresas a criarem um ambiente adequado para rodarem suas estratégias.

O mantra é: transforme sua infraestrutura em um ambiente híbrido, proteja sua empresa digital, habilite a produtividade de seus colaboradores e fortaleça sua organização com base em dados. É dessa forma que a provedora estrutura seu portfólio e abordagem.

“Os clientes e parceiros nos levarão para o futuro”, reforçou Meg Whitman, CEO da HPE, sem detalhar muito sobre que futuro tende a ser esse que vislumbra. Pelos anúncios feitos durante o evento, há uma inclinação a temas como cloud híbrida (com mais ênfase) e temas gerais que orbitam nos discursos da indústria de tecnologia de uma forma geral (analytics, big data, IoT, …).

A líder da provedora reforça a mensagem de que a tecnologia faz avançar oportunidades e desafios de forma intensa ao longo dos últimos meses. “O sucesso está em reinvetar as velocidades de atuação. Tecnologia virou algo inseparável dos processos de negócios”, conclui.

*O jornalista participou do Discover, em Londres, a convite da HPE Brasil.

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