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Tecnologias legadas estão entre os principais entraves da transformação digital, alerta estudo

Quase metade das organizações globais estão com suas jornadas de transformação digital prejudicadas devido às tecnologias legadas e não confiáveis, apontou pesquisa da Veeam Software feita com mais de 1.500 empresas globais. Segundo o Relatório de Tendências de Proteção de Dados Veeam 2020, divulgado nesta terça-feira (2), 44% das empresas ouvidas também citam a falta de habilidades no mercado ou conhecimentos de TI como barreiras para o sucesso de suas transformações.

A pesquisa, encomendada pela Veeam, foi conduzida pela Vanson Bourne, e cobriu organizações em 22 países, no início de 2020. Entre os países pesquisados ​​estão o Brasil, Argentina, México, Estados Unidos, Alemanha, França, Japão, China e Reino Unido. O estudo buscou entender a abordagem das empresas em relação à proteção e gerenciamento de dados, ao mesmo tempo questionou como as organizações estão se preparando para os desafios de TI conforme avançam a digitalização.

Apesar de a pesquisa ter sido levantada pouco antes da pandemia de covid-19 forçar o isolamento social pelo mundo, Elder Jascolka, Country Manager da Veeam no Brasil, avalia que os resultados vêm para endossar ainda mais a urgência da digitalização e as diferentes camadas de segurança que ela cobra. Afinal, com equipes descentralizadas em suas casas, investimentos em nuvem e cibersegurança se tornaram mandatório.

“Acelera ainda mais esses processos”, destaca Jascolka ressaltando que os modelos de negócios tradicionais, que não tinham a tecnologia como pilar ou em segundo plano, agora, se veem ainda mais fragilizados. Se entre os principais desafios para avançar a transformação digital nas organizações está a mão de obra hábil para trabalhar com tecnologias atuais, na visão de Jascolka, a pandemia expõe ainda mais o problema. “Você não só precisa de mão de obra especializada como precisa dela em curto prazo”, complementa.

Tecnologias legadas atrasam a inovação

Um dos grandes gargalos para a transformação digital, segundo a pesquisa, está nas tecnologias legadas que ilham as organizações. Cerca de 40% das empresas entrevistadas ainda dependem de sistemas legados para proteger seus dados sem considerar totalmente o impacto negativo que isso pode ter para a organização.

Quase todas as empresas (95%) admitiram ter tempo de inatividade, com um em cada dez servidores enfrentando interrupções inesperadas a cada ano. Tais problemas podem durar horas, custando assim centenas de milhares de dólares. Essa constatação aponta, diz a Veeam, a necessidade urgente de modernizar a proteção de dados e focar em continuidade de negócios para habilitar a transformação digital.

Danny Allan, CTO e vice-presidente sênior de estratégia de produtos da Veeam, coloca a proteção e o gerenciamento de dados na nuvem híbrida como o grande “calcanhar de Aquiles” na transformação digital. “A proteção de dados deve estar além das soluções legadas desatualizadas, em um grau mais alto de inteligência capaz de antecipar as necessidades e atender às demandas em constante evolução. Com base em nossos dados, a menos que os líderes empresariais reconheçam essa urgência – e ajam com base nisso – a transformação real simplesmente não acontecerá. “

Elder Jascolka reforça o tom: “não dá para se trabalhar como se trabalhava há 20 anos com o mercado e com a demanda que se tem hoje. Conversando com os executivos das empresas, quando se olha para o legado, ele tem de adaptar o negócio à ferramenta e é extremamente problemático, porque primeiro você tem de pensar como ajustar a ferramenta para depois ajustar o seu negócio. Não faz sentido. Você tem de olhar para o seu negócio e fazer com que a sua ferramenta de proteção de dados acompanhe ele”.

De acordo com os dados da Veeam, estima-se que uma hora de inatividade de um aplicativo de alta prioridade custe US$ 67.651, enquanto esse valor é de US$ 61.642 para um aplicativo normal. Esse tempo de inatividade não afeta somente a TI e os orçamentos, lembra Jascolka, afeta o negócio como um todo. “Se as empresas têm uma proteção de dados precária, não consegue fazer a recuperação de desastre, isso não só reflete na tecnologia, mas impacta toda a empresa. Proteger seu dado não é mais proteger a TI e sim proteger seu negócio.”

A proteção está na nuvem

O levantamento da Veeam ainda aponta que metade das empresas reconhece que a nuvem tem papel fundamental a desempenhar na estratégia de proteção de dados de hoje; e provavelmente se tornará ainda mais importante no futuro.

“Ao começar a modernizar suas infraestruturas em 2020, as companhias esperam continuar sua jornada de transformação digital e aumentar o uso da nuvem. As soluções legadas destinavam-se a proteger dados em datacenters físicos no passado, mas são tão desatualizadas e complexas que custam mais dinheiro, tempo e recursos do que se imaginava”, alertou o CTO da companhia.

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