Sua fintech está preparada para atuar em novos mercados?

As fintechs estão mudando a estrutura do setor financeiro no mundo inteiro e o Brasil certamente não é exceção. Na realidade, o País é o líder regional quando se fala do desenvolvimento de iniciativas de fintech na América Latina. O cenário local tem contribuído para isso. Medidas regulatórias, como a resolução CMN 4.656 do Banco Central, facilitaram o crescimento da fintechs no mercado e abriram novas possibilidades em investimentos.

Esse novo quadro abre inúmeras possibilidades de crescimento nacionais e internacionais. Mas antes desse passo, é preciso entender em qual etapa sua fintech está e para onde quer ir. No Fintopics, evento voltado para novos negócios do setor financeiro, foram discutidos vários pontos da internacionalização como captação de investimento, estruturação de operações e mercado global.

Para falar sobre estruturação de operações, nomes reconhecidos do segmento como Wellington Galassi, partner da Mango Ventures e CONAJE, André Danilla, vice-presidente Brasil da Weel, Bernardo Carneiro, sócio da Stone, Bruno Oliveira, sócio-fundador da Monkey Exchage, e João Victor Mendes, country manager LatAm PundiX. Os executivos debateram sobre a relevância de estruturar as operações de uma fintech com foco em expansão desde sua concepção, analisando a experiência de cada um na prática.

Por que expandir-se para outros mercados?

A internacionalização é um processo que se dá por demanda dos clientes ou do mercado, apontou Oliveira. Em outras palavras, faz parte da visão global da empresa como foi o caso da PundiX e Weel, conforme afirmaram os executivos das duas empresas. Independentemente da motivação, primeiro é necessário ter uma operação local fortalecida. Assim, é só uma questão de se adaptar às regulamentações internacionais.

Prepare-se, toda empreitada tem um desafio

Indubitavelmente, existirão alguns desafios no caminho. Entre eles, os participantes destacaram a adaptação à nova cultura. Porém, a formação de uma equipe local ajuda significativamente a entrar nesse novo mercado e facilita sua compreensão, até em questões jurídicas e operacionais, uma vez que os colaboradores locais possuem uma ampla expertise que ajudará a fintech a entrar estrategicamente ao mercado.

Regulamentação e confiança

Cada país tem uma regulamentação que varia dependendo de variáveis como segmento econômico e modelo de negócios. No Brasil, as empresas que pretendem entrar ao mercado nacional ou já estão nesse processo contam com varias vantagens, entre elas a flexibilização dos órgãos reguladores, o tamanho do mercado e a sua variedade.

Ao expandir as operações, sempre será obrigatório contar com uma equipe local nos temas jurídicos e regulamentações, já que cada mercado possui um nível de maturidade e, querendo ou não, o cumprimento dessas normatividades é determinante para a escalabilidade da Fintech e influenciará sua confiabilidade.

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