Angelino Cruz, Claudio Ferreira e Paulo Castello identificaram na realidade incômoda de suas rotinas de trabalho a ideia para a criação de um negócio promissor. A experiência dos empreendedores em áreas administrativas de grandes empresas fez com que desenvolvessem uma plataforma que dá aos gestores informações estratégicas para melhoria de processos de back office.
Com foco em otimizar as operações de retaguarda, eles lançaram, em 2014, a Fhinck. A startup criou um sistema P2O (Push to Optimization) que utiliza algoritmos de eficiência operacional e inteligência artificial para analisar milhares de rotinas administrativas diárias e, assim, indicar pontos de melhoria, oportunidades de automatização, balanceamento de equipes, necessidades de treinamento, falta de integração sistêmica, entre outras ações.
“Ficávamos frustrados com a dificuldade e complexidade das operações das empresas onde trabalhávamos. Nossa proposta é realmente dar todas as condições às grandes corporações de encontrarem soluções dentro de seu dia a dia e, ainda, provocar novas formas de melhoria contínua para resolver os desafios da operação”, afirma Paulo Castello.
O empreendedor, agora CEO da startup, explica que o software da empresa é instalado no computador do colaborador e, sem a necessidade de integração sistêmica, passa a atuar para melhoria de processos. “Através de parametrização (ensinamento da inteligência artificial) a ferramenta consegue entender em qual tela o usuário está trabalhando indiferente do erro ou sistemas legado”, explica.
A solução, por exemplo, identifica não somente que o usuário está trabalhando no Oracle (ou SAP ou Totvs…), mas também que ele está na tela de inserção de ordem de compra. Com esse nível de profundidade e somado a inteligência artificial a solução é capaz de identificar de forma precisa onde existem oportunidades para melhorar o processo, aumentar a eficiência e consequente produtividade. No fim, toda a inteligência artificial foi desenhada para entender como fazer mais com menos.
De acordo com Castello, a ferramenta serve a todas as atividades de retaguarda, desde as atividades administrativas/financeiras como contas a pagar, receber, cobrança, análise de crédito, comprar, folha de pagamento, contabilidade, fiscal.
A Fhinck também enxerga sua tecnologia colaborando em atividades de apoio a vendas, tais como call centers e áreas de apoio a operação. “O grande foco é aumentar a eficiência operacional das operações rotineiras que tenham grande volume e escala”, sintetiza.
De olho nas grandes
Os empreendedores têm como alvo grandes empresas, um segmento tradicionalmente resistente à compra de tecnologia oferecidas de startups. “Levamos alguns meses para entender que não podíamos bater na porta de qualquer empresa”, reconhece Castello.
Para adequar-se a rotina de compra do mercado endereçável, a empresa passou a se aproximar de alguns nomes mais afeitos a validarem tecnologias de jovens empresas.
Com a abordagem, conquistou cinco clientes. A meta é fechar o ano atendendo dez empresas, num total de 1 mil licenças vendidas e um faturamento na casa dos R$ 3,5 milhões.
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