A América Móvil está se reestruturando com o objetivo de ser a número um em serviços convergentes, ou seja, TV por assinatura, banda larga e telefonia. “Aproveitando a complementaridade das nossas experiências e competências, formamos um grupo que espero ser imbatível e lidere todas as frentes de atuação. Nosso objetivo é conectar todo o Brasil, de Norte a Sul”, disse o presidente para o grupo no País, José Félix.
“Somos assim, pretensiosos”, brincou hoje (4/8) em uma coletiva de imprensa que aconteceu durante o evento da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA), em São Paulo.
Para isso, o grupo, que opera com as marcas Claro, NET e Embratel no Brasil,
reiterou a nova organização em três unidades de negócio: Mercado Residencial, tendo como CEO Daniel Barros; Mercado Pessoal, comandada pelo CEO Carlos Zenteno; e Mercado Empresarial, tendo como CEO José Formoso.
Uma das principais apostas é a Claro HDTV. Em julho, a empresa lançou o
satélite Star One C4 para ajudar na expansão dos seus serviços, que chegaram a 16 cidades no ano passado. “O satélite nos permite modernizar a oferta e a acelerar migração para alta definição”, afirma Márcio Carvalho, diretor de marketing e produtos para o Mercado Residencial. Segundo o executivo, até setembro estarão disponíveis novos canais HD.
Carvalho também afirma que o grupo irá disponibilizar vinte canais dedicados inteiramente à transmissão dos jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016, com 100% de alta definição.
Félix também afirma que a crise que assombra o País nos últimos tempos é algo que não os preocupa. “Continuamos otimistas com mercado brasileiro, porque ele continua oferecendo fortes oportunidade de crescimento”, disse, completando que o fato de fornecerem serviços que estão em constante evolução abre portas para a inovação de produtos e a oferta de soluções diferenciadas para o mercado.
“Enxergo boas oportunidades em tempos de crise, que é quando fazemos contratação de gente espetacular, conseguimos investir na hora em que todo mundo pisa no freio e é quando temos oportunidade de ultrapassar”, diz. “Continuamos vendendo bem e isso, para mim, é um bom indicador.”
O executivo observa que, com a alta do dólar, as possibilidades ficam limitadas, mas a empresa continuará investindo da mesma forma no Brasil. “Não vamos deixar de fazer um investimento que faça sentido, mas a capacidade de fazer mais coisas fica reduzida.”
À frente das operações
Como grupo, Félix aponta dois grandes desafios que terá que enfrentar. “O primeiro deles é aumentar o market share”, disse, completando que, para isso, a estratégia será manter os produtos que lideram no mercado na mesma posição e fazer com que o restante do portfólio também atinja o topo. O segundo desafio é “buscar qualificação maior do que a que temos, aproveitando ao máximo as sinergias que o grupo possui”, encerra.