Sociedade Brasileira de Computação não quer regulamentação da profissão de TI

A Sociedade Brasileira de Computação (SBC) enviou carta à Presidência da República pedindo apoio ao PL 4408/2016 e solicitando que rejeitem-se propostas de criação de conselhos de profissão para a área de Informática.
Para a entidade, a medida pode limitar o livre exercício profissional como querem setores desse mercado. “Existem profissionais que trabalham com tecnologia da informação, mas que não têm formação na área. Entendemos que a tecnologia da informação é uma área transversal e não podemos cercear o exercício atrelando a apenas uma formação e, pior ainda, a um sindicato ou conselho. Essas propostas vêm desde os anos 90 e já se tentou criar sindicatos e a SBC sempre conseguiu reverter”, destacou Lisandro Granville, presidente da SBC no documento.
Segundo ele, para resolver problemas com nível adequado de qualidade, além dos conhecimentos técnicos de sua área, o profissional de informática deve possuir competência em aspectos das áreas da aplicação específica, sejam elas de engenharia, medicina, administração, música, entre outras.
“Essa multidisciplinaridade da formação profissional é uma exigência atual para atender à demanda da Sociedade por aplicações novas e cada vez mais sofisticadas. E multidisciplinaridade se constrói sobre as férteis bases da liberdade de atuação profissional”, reiterou.
Em seguida, o presidente disse que o PL 4408/2016 é o único, dentre os projetos de lei em tramitação na Câmara Federal, que vão ao encontro dos anseios da Sociedade Brasileira e oferec um cenário pacífico e tecnologicamente próspero. “Os demais projetos ora em tramitação, em nossa opinião, atenderiam apenas interesses manifestados por sindicatos de categorias específicas”, completou. “Pedimos para não apoiar projetos de lei que visem a criação de conselhos de profissão para a área de informática”, finalizou.