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Site oferece serviços de “hackers de aluguel”

Um novo site chamado Hackers List vem causando barulho na Internet ao oferecer uma plataforma para conectar usuários com “personal hackers” (ou “hackers de aluguel”). A página oferece diversos serviços, que incluem invasão de perfis em redes sociais e até sites de empresas.

Inaugurada oficialmente em novembro de 2014, o site coleciona ofertas do mundo todo para os hackers que vão desde 100 dólares até 5 mil dólares, de acordo com uma reportagem do jornal americano The New York Times.

Por ter um funcionamento parecido com muitos sites que conectam profissionais e possíveis contratantes/interessados, o Hackers List já foi chamado de “Craiglist para Hackers” – ou uma espécie de “Classificados para Hackers” – e possui até uma conta oficial no Twitter onde publica novas ofertas.

Segundo o gerente de engenharia da empresa de segurança Fortinet, Carlos Cortizo, nos anos 1990, quando a Internet começou a se popularizar, já existia a possibilidade de contratar “hackers profissionais”, mas para investigar questões de segurança. 

A diferença é que antes esse serviço só estava ao alcance de empresas e tinha foco em descobrir problemas de segurança, enquanto que agora, por meio deste novo site, qualquer um pode fazer isso e os objetivos podem variar bastante.

O especialista lembra ainda que uma página como a Hackers List muito provavelmente não poderia existir no Brasil. “Inclusive, o site é registrado e tem hospedagem na Nova Zelândia, onde essa prática não é considerada crime”, explica.

Riscos

Além da questão legal, a pessoa que resolve se arriscar e contratar um hacker em um site como o Hackers List precisa ter consciência que estará exposta a diversos riscos e perigos, aponta Cortizo. “Por exemplo, o hacker terá informações privilegiadas do cliente, que podem ser usadas para sequestro de conta no Facebook e até mesmo chantagear a pessoa em questão.”

Vale notar que o site possui uma seção com 10 páginas de termos e condições com as quais os usuários devem concordar ao realizar uma oferta na página. E, como aponta o NYT, esse documento destaca especificamente que é proibido usar o “serviço para qualquer propósito ilegal”.

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