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Síndrome de burnout: como lidar com a doença do século nas empresas?

Burnout é uma síndrome ligada ao ambiente corporativo, em que a pessoa atinge um esgotamento físico e mental. A síndrome pode ser confundida com depressão, e engloba uma série de sintomas, como fadiga, insônia, isolamento, pressão alta, dor de cabeça frequente, sentimento de incompetência e dificuldade de concentração.

Estima-se que 30% dos mais de 100 milhões de trabalhadores brasileiros sofrem com o problema, segundo pesquisa realizada pela International Stress Management Association (Isma).

Burnout x estresse

Para Bruno Rodrigues, CEO da GoGood, empresa de saúde corporativa, é importante saber a diferença entre burnout e estresse. “O motivo primário do burnout está relacionado às atividades e ao ambiente profissional. Já o estresse pode ser causado por diversas situações e problemas, não necessariamente referentes ao trabalho”, explica, “no burnout o profissional se sente pressionado e assume uma carga de trabalho acima do seu limite para superar a expectativa da empresa. Com isso, deixam de lado sua família, vida social e se dedicam inteiramente às atividades laborais e, ainda assim, muitas vezes não recebem o reconhecimento esperado. O resultado disso é corpo e mente doentes, o que aumenta o risco de turnover e os gastos das empresas com novas contratações e treinamentos”, finaliza.

Em 2016, a Previdência Social registrou 75,3 mil afastamentos por depressão, doença que pode ser evitada, em alguns casos, com medidas simples e incentivos da empresa. Neste cenário, o papel do RH para oferecer ajuda aos colaboradores ganha destaque. Veja algumas dicas de como evitar a síndrome de burnout na sua empresa e, com isso, economizar custos e melhorar a qualidade de vida de seus funcionários.

Facilite a comunicação

Facilitar a comunicação é um excelente caminho para prevenir a crise de burnout. “Quando um colaborador tem um break down, por exemplo, ele está sofrendo durante muito tempo, as coisas não acontecem da noite para o dia. É como se ele fosse uma panela de pressão, onde, gota a gota, os desafios são abafados e o que ele sente em relação ao trabalho não pode ser compartilhado. Muitas empresas acreditam que se os funcionários não estão falando sobre seus desafios, eles não existem, mas não é verdade. Quando um colaborador se cala, ele fica menos produtivo, mais cansado, e pode assar a não querer colaborar para os objetivos da empresa”, explica o executivo.

Na prática a empresa pode propor rodas de conversa com seus colaboradores, desenvolver reuniões individuais, debater e explicar o que é o burnout, abrindo canais seguros para que colaboradores possam compartilhar seus desafios.

Incentive o pertencimento

Construa um time e gere engajamento de seus funcionários. “Quando um colaborador veste a camisa da empresa ele produz mais e se sente emocionalmente melhor, pois vê propósito no seu trabalho e sabe que pode contar com o time para desafios e conquistas. Incentivar essa sensação de pertencimento é papel do RH das empresas”, comenta ele.

Preocupe-se com o time de maneira genuína

A gestão de recursos humanos que é focada em entregar resultados para a diretoria precisa estar atenta a seu time, evitando que problemas evoluam e, principalmente, criando estratégias para impedir que a síndrome de burnout atinja os profissionais da empresa.

“Perceba como anda a produtividade do seu time e chame alguns colaboradores para conversar, investigue e monitore a saúde corporativa da empresa através das pessoas. Esteja aberto para ouvir, muitas vezes ouvir o colaborador de maneira genuína é mais importante, mais fácil e mais barato do que executar alguma mudança radical na empresa”, finaliza Bruno.

O que fazer quando o profissional apresenta sintomas da síndrome?

“Avalie o ambiente, entenda como é a relação desse colaborador com seu gestor, como isso pode influenciar a saúde mental dele. Avalie também a possibilidade de propor uma nova dinâmica para as atividades diárias, permitir home office, ou trocar o turno de trabalho, por exemplo”, finaliza o executivo.

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