O Gartner, Inc., líder mundial em pesquisa e aconselhamento sobre tecnologia, afirma que os investimentos previstos para o setor de TI no Brasil atingirão US$ 96,4 bilhões em 2016, um aumento de 0,6% em relação ao valor projetado para 2015, que totalizava US$ 95,8 bilhões.
Em comparação com os gastos de 2015, as projeções do Gartner para o próximo ano mostram que, no Brasil, o segmento de dispositivos (incluindo PCs, tablets, celulares e impressoras) movimentará US$ 14,6 bilhões no ano, um declínio de 3,5%. Já os investimentos com sistemas para data center devem superar US$ 2,4 bilhões, um aumento de 2,4%.
Gastos com software totalizarão US$ 4,3 bilhões, registrando um crescimento de 5,4%. Os serviços de TI deverão consumir cerca de US$ 19 bilhões em 2015, o que representa um aumento de 6,4% em relação ao ano passado; e os serviços de comunicação, na projeção, terão um total de US$ 56 bilhões de investimentos em 2016, 0,5% menos em relação ao ano passado.
“Embora o Brasil continue oferecendo oportunidades de negócios para TI, os compradores estão mais cautelosos em suas decisões de compra”, afirma Luis Anavitarte, vice-presidente de pesquisas do Gartner. Para o executivo, as estratégias dos prestadores de serviços e parceiros devem ser alinhadas continuamente para se ajustarem a um mercado cada vez mais dinâmico e em constante mudança.
Os analistas disponibilizaram estudo completo sobre a indústria de TI brasileira durante o Symposium/ITxpo 2015, evento que acontece até o dia 22 de outubro, quinta-feira, em São Paulo.
De acordo com o analista Val Sribar, vice-presidente de grupo da consultoria, as interconexões, os relacionamentos e os algoritmos estão definindo o futuro dos negócios. “Em cinco anos, cerca de 1 milhão de novos dispositivos estarão on-line a cada hora”, diz. De acordo com o analista, essas interconexões criam bilhões de novos relacionamentos, os quais não são conduzidos apenas pelos dados, mas também por algoritmos.
“Os dados não dizem e não fazem nada de fato, a menos que você saiba como usá-los e como agir em relação a eles. O valor real está nos algoritmos. Eles definem a ação. Além disso, os algoritmos dinâmicos são o centro da interação com os novos clientes”, afirma Sribar.
“A economia dos algoritmos conduzirá ao próximo grande salto na evolução das máquinas na Internet das Coisas. Os produtos e serviços serão definidos pela sofisticação de seus algoritmos e funções. As empresas serão valorizadas não só pelos seus grandes volumes de dados, mas pelos algoritmos que transformam esses dados em ações, e que, finalmente, influenciam os clientes”, explica.