Setor busca humanização dos assistentes pessoais
Painel no IT Forum X revelou como setor tem lidado com o aperfeiçoamento do serviço de voz

O serviço de assistentes pessoais tem sido a menina dos olhos que quem vislumbra um mundo automatizado, simplificado e experiencial. Isso porque ele é um conglomerado de tudo que há de mais moderno na área, como inteligência artificial, robótica entre outros atributos high tech.
No painel “A Era da Voz – A Revolução dos Assistentes Pessoais nos Relacionamentos” , que aconteceu na Arena Logiscalis, no IT Forum X, especialistas do setor foram unânimes ao concordar que a humanização dos assistentes pessoais é o processo de aperfeiçoamento mais importante do serviço.
E para ancorar a ideia de convivência e relacionamento, além dos convidados do painel, estava na arena a robô Pepper, que dançou e fez perguntas aos especialistas presentes.
A simpatia da robô lembrou Alexandro Romeira, sócio-fundador da I2AI, de um receio antigo da humanidade, que é o de robôs tomarem conta do mundo e substituir os seres humanos. “Tivemos essa preocupação, mas eles são simpáticos e podem na verdade colaborar com a gente. Pessoas mais velhas, por exemplo, que tem dificuldade de digitar, podem ter suas necessidades atendidas por esses assistentes”, afirma Romeira.
Paula Lorenzi, gerente de UX do Bradesco, endossou a desconstrução da ideia de que robôs são ameaças. “É uma tecnologia transformadora e acessível. Pessoas gostam de lidar com pessoas, que não serão substituídas. É mais uma forma de interagir com a tecnologia”, diz a gerente.
E essa aceitação do público passa pela humanização do serviço. Carlos Rudnei Dutz, superintendente-executivo do Banco Original, que o mundo passou por uma revolução tecnológica e hoje passa para uma transformação de atendimento e essa nova etapa passa por humanizar o robô. “Acredito que esse é o campo que mais vai se transformar. No banco, os assistentes pessoais já atendem a 90% das demandas dos nossos clientes”, diz Dutz.
O humano segue como protagonista da história, uma vez que ele é o responsável por ensinar os assistentes. “A voz é a base do aprendizado humano. Quando você conversa com um assistente pessoal, você tem uma resposta rápida para o que precisa. Precisamos humanizar a tecnologia de olho em um modelo de negócio”, afirma Gustavo Macedo, diretor de inovação da iProspect.
A mediação do painel foi feita por Igor Lopes, cofundador do Transformação Digital.