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Serviços são a aposta da Microsoft para mercados de consumer e B2B

Todo profissional é, antes de qualquer coisa, um consumidor. Assim resume Adriano Galvão, vice-presidente de vendas ao consumidor da Microsoft Brasil, ao ser perguntado sobre como o mercado de consumer influencia no B2B. Um grande exemplo foi o renascimento do uso de PCs com a pandemia e a diminuição do uso e Linux em empresas.

“Muitas pessoas já não usam computadores na empresa e ele prefere ter Windows porque os filhos ou a esposa também usarão a mesma máquina. O mesmo vale para o Microsoft 365 – é mais difícil para uma corporação levar em conta outra plataforma de produtividade que os colaboradores estejam menos habituados. O crescimento de consumer tem um impacto positivo no mundo corporativo”, resume o executivo.

Nesse universo, e com o advento da pandemia, os serviços foram os protagonistas da Microsoft. De acordo com Adriano, Xbox e o Microsoft 365 foram os grandes vetores de crescimento já que, com as pessoas dentro de casa, cresceu a demanda tanto pelo entretenimento quanto por ferramentas de trabalho.

“Produtividade foi um ponto alto e, com isso, a explosão na venda de computadores. O Microsoft 365 foi impulsionado pela evolução do Teams, que passou de um serviço de mensagens para uma plataforma completa de colaboração remota”, comenta.

Já o Game Pass tem uma importância estratégica fundamental na Microsoft. Ao falar de games, antes havia somente a venda de consoles e, hoje, há uma proposta de valor muito maior para o usuário. “Nossa estratégia passou a ser de serviços complementada por devices e outros componentes de sistemas de games”, resume Adriano. E o mercado de games também tem seu lado corporativo. Segundo o executivo, a companhia recebe diversos pedidos de clientes para criar ambientes gamers para seus clientes.

No segundo semestre de 2021, a Microsoft lançou o Windows 11 no Brasil – outro marco, de acordo com Adriano. Ele explica que, nos lançamentos anteriores a companhia tratava o sistema operacional como uma evolução feita a partir de pequenos updates frequentes, sem ter mais a ideia de fazer grandes lançamentos.

“Agora aconteceu um hype com o Windows 11 e o grande marco foi a necessidade de sinalizar para o mercado que, com esse produto, daríamos um salto maior do que os anteriores, motivados principalmente pelas novas necessidades que surgiram ou evoluíram durante a pandemia”, diz o executivo.

Entre os pontos avaliados para o trabalho remoto, estão uma usabilidade mais voltada à produtividade, a integração nativa com o Teams, usabilidade e customização de ambientes de trabalho com diversos desktops. Quando perguntado sobre segurança, Adriano afirmou que esse já era um dos pilares mais importantes do Windows 10 e estava sendo priorizada em updates. Por outro lado, foram necessárias inovações pois os ataques aumentaram muito na pandemia.

O futuro e o presente

Em agosto de 2020, a Microsoft começou a definir metas concretas para sustentabilidade, como emissões negativas de carbono e desperdício zero das operações diretas (como produtos e embalagens) até 2030 e, até 2050, retirar mais carbono do que foi emitido desde a fundação da companhia.

Um dos movimentos em direção a essas diretrizes foi o lançamento do Ocean Plastic Mouse, desenvolvido com resíduos plásticos que foram encontrados no oceano e vias navegáveis, recuperados, limpos e processados, e chega ao mercado com 20% de plástico marítimo. Além disso, sua embalagem é 100% reciclada, feita de fibras naturais de madeira e de cana-de-açúcar. Além disso, sua eficiência é de até 12 meses com uma única bateria.

“Esse produto se conecta com as novas gerações, com propósito. No fundo, ele é uma sinalização de tendência. É um dedo apontando para uma direção que a gente espera que a empresa tome. Eu arrisco dizer que é o primeiro de muitos outros produtos”, frisa Adriano.

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