O aplicativo de compartilhamento de vídeos TikTok publicou nesta última semana seu primeiro relatório de transparência, mostrando quais países solicitaram a remoção de algum conteúdo ou mais dados sobre um usuário em específico.
O movimento faz parte de um esforço da firma para se posicionar como uma empresa independente e aberta à transparência. Desde 2018, empresas de origem chinesa enfrentam dificuldades no mercado americano por conta da desconfiança de que elas seriam usadas como ferramentas de espionagem pelo governo do seu país natal.
Como boa parte dos novos usuários da empresa vem dos EUA (a plataforma atual foi criada com base no app americano Musical.ly, comprado pela ByteDance, dona do TikTok, em 2017), a empresa se esforça para se desvencilhar dessa suspeita.
Em setembro de 2019, uma reportagem do Washington Post sugere que o aplicativo de compartilhamento de vídeos chinês estaria censurando conteúdo relacionado aos protestos pró-democracia em Hong Kong, indo a favor do governo chinês. Na época, o TikTok negou as acusações, mas não foi suficiente para impedir que os legisladores dos EUA pedissem uma investigação sobre segurança nacional.
De acordo com informações do jornal Wall Street Journal, a empresa estaria até cogitando a possibilidade de instalar uma sede operacional do TikTok fora da China como forma de se posicionar melhor no mercado externo.
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Segundo o documento divulgado pela empresa, no total foram recebidas 324 solicitações vindas de 28 países. Sendo que, desse total, 298 foram pedidos para informações adicionais de algum usuário, solicitação realizada por 28 países; e 26 pedidos de governos de 9 países para remover ou restringir o acesso a algum tipo de conteúdo.
A Índia foi o país que mais gerou pedidos. No total, foram 143 solicitações para conseguir dados adicionais de usuários e 11 solicitações do governo para remoção de conteúdos.
Os Estados Unidos aparecem em seguida, com 79 solicitações de acesso a dados de usuário e seis solicitações de remoção de conteúdo. O Brasil não aparece em nenhum dos rankings e, de acordo com o TikTok, a empresa apresentou todos os países que entraram com ao menos uma solicitação.
E então chegamos à pergunta: mas e a China? Como bem lembrou a equipe do The Verge, enquanto todo o mundo utiliza o “esqueleto” app americano, a versão chinesa, chamada Douyin foi desenvolvida primeiramente e pode não ter sido inclusa por não estar integrada ao aplicativo utilizado globalmente. É uma possibilidade.
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