A análise de dados em tempo real permite tomar decisões mais rápidas, precisas e eficazes em comparação com decisões convencionais feitas com dados obsoletos ou sem dados. De acordo com o Gartner, análises em tempo real exigem um processo de decisão estruturado com uma lógica pré-definida, e os dados devem estar disponíveis imediatamente. Sendo assim, a obtenção dessas informações é, muitas vezes, fator limitante na velocidade de tomada de decisão.
“Análises em tempo real podem permitir que equipes de ciência de dados executem modelagens, simulações e otimizações com base em um conjunto completo de dados da transação e não apenas amostras”, afirma vice-presidente e analista emérito do Gartner, W. Roy Schulte. Ele compartilha seis melhores práticas para a tomada de decisão rápida e em tempo real, sem abrir mão da qualidade.
1. Torne decisões operacionais lentas em decisões em tempo real. As decisões operacionais são, em sua maioria, estruturadas e repetidas com frequência. Decisões operacionais que mudam do modo lento para o tempo quase real podem exigir novas ferramentas de software, novos tipos de dados, novas opções de design de processos de negócios e, também, outras mudanças. O ponto de análise em tempo real é para responder às condições como estão no momento, não para processar dados antigos ou do mês anterior.
2. Acompanhe os resultados das decisões em tempo real e modifique regras e análises frequentemente. A maioria das decisões operacionais em tempo real são repetíveis. Por exemplo, um modelo de pontuação usado para aprovar transações de cartão de crédito pode ser desenvolvido uma vez em dados de históricos, e então ser usado para avaliar transações de cartão de crédito em tempo real por dias ou semanas. É importante monitorar os resultados para garantir que os modelos funcionem corretamente e, se necessário, modificar as regras e análises com frequência para obter os resultados corretos para a tomada de decisão rápida.
3. Use um sistema de “grades de proteção“ e supervisão humana para evitar erros em tempo real. “Os computadores não têm senso comum, então eles vão cometer erros – às vezes importantes e graves. A lógica do sistema deve ser utilizada para verificar outros sistemas, e as pessoas devem monitorá-los periodicamente”, afirma Schulte. Um botão “pare” deve ser incorporado, para que as pessoas possam fazer algo rapidamente quando for detectado um problema. Um sistema de proteção deve ser posto em prática, às vezes sob a forma de “disjuntores” que interrompam o processamento quando surge um problema.
4. Use a inteligência contínua para alertar sobre a situação. Sistemas contínuos de inteligência (monitoramento) operam todos os dias, acompanhando os eventos à medida que ocorrem, até que detectem uma ameaça ou uma oportunidade que requer uma resposta por uma pessoa ou sistema. O sistema de forma proativa envia um alerta ou outra notificação a uma pessoa via e-mail, pop-up ou outro mecanismo; ou ele dispara uma resposta automática.
5. Forneça vários modos de exibição personalizados, porém um quadro operacional comum. Use essa inteligência contínua para fornecer um quadro operacional comum em toda a empresa. Cada pessoa envolvida em uma situação pode ter uma visão específica para seu papel dentro da organização, porém, fornecer análises em tempo real para toda a organização garante que todos os envolvidos tenham o mesmo entendimento de uma situação.
6. Trabalhe a gestão de decisões como uma disciplina comparável à gestão de dados e à gestão dos processos de negócios. A gestão de decisões é o desenvolvimento da concepção e construção dos sistemas que tomem decisões, em que “decisão” significa determinar um curso de ação. Sistemas de tomada de decisão são implementados utilizando mecanismos de regras, ferramentas analíticas de software, programas 3GL ou mesmo tomadores de decisão humanos – pessoas são “sistemas de tomada de decisões” quando decidem seguindo conjuntos de regras totalmente definidos e estruturados.