Salário deixou de ser fator mais importante, aponta estudo

Estudo da Citrix revela que o salário deixou de ser o ponto de maior relevância na busca por empregos e deu lugar para aspectos que facilitam o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. O relatório Trabalhador Digital, divulgado pela companhia na última segunda-feira (27/03), identificou que os brasileiros estão buscando novas formas de trabalhar, o que leva as empresas a reavaliar suas estruturas, prioridades e investimentos para continuarem sendo atrativas. Para 34% dos entrevistados, a flexibilidade de horário e o fato de trabalhar próximo de casa são fatores que pesam mais para essa decisão. A remuneração é apontada por apenas 14% dos participantes como a motivação principal.

Um total de 77% dos entrevistados trabalha com pessoas que se encontram em outros escritórios ou cidades. Nesse contexto, colaborar de forma remota com colegas de empresa torna desnecessário o deslocamento físico para a execução das atividades. O aumento da produtividade é apontado por quase metade dos participantes: 45% acreditam que sua produtividade aumentaria se pudessem realizar seu trabalho em casa.

Os brasileiros mostram-se favoráveis à mobilidade, com 69% indicando que não veem problema em usar seu celular, tablet ou notebook pessoal para trabalhar. Porém, embora concordem em usar seus equipamentos pessoais para propósitos corporativos, o que lhes permite trabalhar de qualquer lugar, 52% não têm conhecimento das políticas da empresa para isso, o chamado BYOD (Bring Your Own Device).

“No Brasil, percebemos que a mobilidade se tornou uma parceira na rotina das empresas, porém é necessário garantir que trabalhar remotamente não seja sinônimo de vazamento de dados. Com uso de tecnologias específicas, o ambiente da empresa e o pessoal ficam separados, proibindo, por exemplo, que dados sejam copiados entre apps ou que as fotos tiradas para fins de trabalho sejam armazenadas no rolo de câmera pessoal”, afirma Luis Banhara, diretor geral da Citrix no Brasil.

O estudo também considerou quesitos de segurança das informações corporativas e identificou que no Brasil, 80% dos respondentes discutem assuntos da empresa em aplicativos de conversa como WhatsApp, o que abre brechas para o vazamento de informações sigilosas que podem impactar no desempenho da companhia. Sobre o armazenamento dos dados, 40% afirmam usar serviços como Google Drive e Dropbox para editar ou salvar arquivos do trabalho.

O principal motivo para usar esses aplicativos e não os oferecidos pela empresa é porque as consideram mais fáceis de usar (38%) e mais cômodas (37%)

As entrevistas foram realizadas com funcionários da indústria, comércio e serviços da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru. Ao todo, foram 900 participantes (150 de cada país), que não estão em cargo de liderança, são maiores de 21 anos e em sua maioria (58%) com Ensino Superior Completo.

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