Sala de aula precisa de tecnologia, não de grife

Criar espaços colaborativos e multidisciplinares significa muito mais do que carregar uma marca de grandes nomes como Microsoft, Google e Apple

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2:15 pm - 07 de março de 2019

“It is not about decorating learning spaces. It is about designing to amplify learning” – Não é sobre decorar os espaços de aprendizagem. E sim desenhá-los para ampliar o aprendizado, Dr. Robert Dillon

O termo Sala Google, Sala Microsoft, ou Sala Apple surgiu quando essas empresas começaram a divulgar suas iniciativas de apoio ao uso consistente e eficiente da tecnologia nas instituições de ensino e, criaram programas bem estruturados envolvendo um sofisticado ecossistema de parceiros e soluções com finalidades pedagógicas muito bem definidas.

Um dos aspectos mais importantes das mudanças que a tecnologia na educação está demandando das escolas é a mudança dos ambientes físicos. Para que os projetos de uso eficiente da tecnologia tenham êxito, os ambientes de aprendizado e os recursos físicos devem ser pensados para atingir propósitos, que vão desde o bem-estar dos diferentes perfis de alunos até o desenvolvimento de habilidades e competências, como as descritas na BNCC.

As instituições perceberam então a necessidade desta transformação do ambiente por motivos diferentes:

  • Algumas porque entenderam que a transformação é mais profunda e significativa do que simplesmente trazer tecnologia e colocar mobiliários coloridos em salas coloridas.
  • Outras, que não tiveram a oportunidade de entender o aspecto 360º da transformação se adiantaram e fizeram algumas mudanças, que são válidas, mas que precisam estar fundamentadas e ter uma função pedagógica.

 O problema surge quando as instituições, começam a nomear seus espaços como “Sala Google”, ou “Sala Microsoft” ou “Sala Apple”, ou espaços que somente receberam mobiliário ou equipamentos novos como “Espaço Maker”, e “Sala de Robótica”.

Essa prática pode até gerar implicações jurídicas, referentes ao uso das marcas registradas de empresas sem autorização e ao uso indevido e a distorção dos logotipos destas em projetos algumas vezes “bizarros”.

Qual é o caminho?

É possível contar com o apoio e a parceria das empresas de tecnologia tanto para a introdução das suas tecnologias para educação, como na divulgação desta parceria incluindo o uso dos seus logotipos.

Muito mais que o uso dos logotipos e das cores das empresas em espaços nas instituições, esse apoio e parceira dessas gigantes da tecnologia vai desde o apoio à gestão, treinamento e certificação dos professores, programas para alunos e até para pais e responsáveis, por meio de parceiros de consultoria educacional especializados. Quando falamos das mudanças físicas nos ambientes de aprendizado, essas empresas também têm orientações e parceiros especializados para que o projeto de mudança tenha propósito pedagógico e que através disso leve a instituição a níveis mais elevados de excelência e reconhecimento.

*Danielle Andrada, diretora na EDUINFO – Tecnologia Educacional

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