Robô com IA reduz tempo de separação de remédios em 90% no Hospital Oswaldo Cruz

Automação no almoxarifado do Hospital Oswaldo Cruz aumentou eficiência em até 75%, melhorando gestão de medicamentos

Author Photo
4:10 pm - 04 de fevereiro de 2025
O robô Rowa, da BD (Imagem: Divulgação)

O Hospital Alemão Oswaldo Cruz, de São Paulo (SP), anunciou na sexta-feira (31) a conclusão de um projeto de implementação de um robô, chamado BD Rowa, em seu almoxarifado. A solução aprimorou o gerenciamento de medicamentos, reduzindo o tempo de separação de unidades em 90% e aumentando a capacidade de processamento diário em até 75%.

Segundo o HAOC, o almoxarifado demorava até duas horas para separar 100 unidades, com cada item de estoque sendo processado em mais de um minuto. Agora, com cada item é separado em apenas sete segundos.

Em termos de volume diário, antes da automação o almoxarifado conseguia processar cerca de 400 unidades por dia. Com o robô integrado ao WMS (Warehouse Management System), software responsável por organizar e coordenar o fluxo de medicamentos e materiais no almoxarifado, o número subiu para entre 500 e 700 itens diariamente.

Leia mais: Por que devemos superar as fragmentações para otimizar a Inteligência Artificial em benefício de todos

“Hoje, o BD Rowa já é responsável pela manipulação de aproximadamente 10% dos medicamentos do hospital, com planos de aumentar essa capacidade em até 40%, para termos mais confiabilidade e agilidade do processo”, revela em comunicado Leonisa Scholz Obrusnik, gerente de suprimentos do HAOC e responsável pelo projeto. “O sistema também oferece um armazenamento com capacidade para até 15 mil unidades de produtos.”

O BD Rowa, desenvolvido pela empresa norte-americana BD, usa inteligência artificial também para se adaptar às demandas diárias de distribuição. Segundo a fabricante, o robô diminui em até 33% o tempo gasto necessário para localizar e separar um medicamento do estoque.

O HAOC diz que a automação também melhorou as condições de trabalho dos 37 colaboradores do almoxarifado, que não precisam mais movimentar caixas pesadas ou percorrer longas distâncias, o que aumentou a segurança. Esses colaboradores poderão se dedicar a “atividades mais técnicas”, diz o hospital, e passaram por treinamento especializado, capacitando-os a operar o sistema de separação e armazenamento de medicamentos do robô.

Outro projeto em andamento é a transição para smartphones 5G substituindo antigos sistemas de coletores. A atualização promete otimizar as operações, especialmente em áreas com baixa cobertura de Wi-Fi.

Funcionamento na prática

O processo começa com o recebimento dos itens no almoxarifado, enviados pelos fornecedores. A rastreabilidade de cada medicamento depende de códigos. Quando os medicamentos chegam em larga escala, são colocados em uma esteira automatizada do Rowa, que fotografa e registra as embalagens no sistema.

As caixas de medicação são armazenadas em “segundos”, segundo o hospital. A disposição dos itens é aleatória, controlada por inteligência artificial, que localiza cada produto apenas quando uma solicitação é feita.

Quando um setor do hospital, como a farmácia central, unidades de internação, UTI ou outros departamentos solicita um medicamento, o almoxarifado recebe a requisição digital. Então o robô encontra o item, disponibilizando para o envio manual.

Segundo o hospital, com 369 leitos e centenas de pacientes atendidos todos os dias, a automação se torna importante para ter mais agilidade e precisão na distribuição.

Siga o IT Forum no LinkedIn e fique por dentro de todas as notícias!

Author Photo
Redação

A redação contempla textos de caráter informativo produzidos pela equipe de jornalistas do IT Forum.

Author Photo

Newsletter de tecnologia para você

Os melhores conteúdos do IT Forum na sua caixa de entrada.