Na jornada rumo à transformação digital, as empresas enfrentam hoje desafios que vão além de usar novas tecnologias para melhorar o desempenho e ampliar os negócios. É preciso um profissional capacitado para conduzir ou liderar todo o processo. É então que, no lugar do profissional responsável por questões operacionais, surgem os novos talentos digitais, também conhecidos como CTOs (Chief Technology Officer) e CDOs (Chief Digital Officer).
No entanto, as companhias ainda têm dificuldades para encontrar esses executivos, cuja principal característica é ter formação técnica combinada à aptidão aos negócios. Não só dificuldade de encontrar esses profissionais, a área de RH também passa por um momento de entender como contratá-los.
De acordo com estudo da Strategy& realizado em 2016, apenas 13% das grandes empresas da América do Sul têm CDOs, contra 23% na América do Norte e 38% na Europa. O mesmo levantamento aponta que, no mundo, 19% das companhias têm líderes nessa posição.
Com a mão de obra escassa, as empresas têm investido no treinamento de seus colaboradores ou optado por terceirizar o recrutamento de executivos por meio de consultorias especializadas. Como a demanda por essa qualificação é global, há ainda uma tendência de exportação da mão de obra.
De acordo com Rita de Cássia Oliveira, CEO da consultoria Talentos IT, na busca por um talento digital, as empresas devem ter consciência de que o mercado não oferece líderes preparados. Ou seja, algumas competências terão de ser desenvolvidas após sua contratação.
A habilidade comportamental, segundo ela, é a principal delas. “Os profissionais investem na carreira, mas esquecem que o desenvolvimento pessoal, a boa comunicação e o posicionamento, também são importantes”, avalia. “As empresas hoje querem bom relacionamento e postura dos profissionais de TI, o que antigamente não existia.”
Para Felipe Duarte, responsável pelos mercados de TI & Digital da consultoria People Oriented, os líderes digitais demandam um perfil de liderança, mas não apenas de gerenciamento e, sim, de inspiração ao seu time. “Ele se afasta da operação para estar próximo à equipe nas definições de estratégias de demais áreas”, afirma. Outra característica, segundo ele, é a capacidade analítica, ou seja, entender o todo para solucionar os problemas com mais rapidez.
O executivo ressalta ainda que todas as áreas devem evoluir para acompanhar a transformação digital, não somente a TI. “A transformação é mais cultural do que tecnológica e o departamento de recursos humanos é peça-chave em todo esse processo”, pontua. Compartilhando da mesma opinião, Rita acrescenta que “atualmente, as empresas devem basear suas estratégias não mais em seu DNA e sim nas necessidades de seus clientes”.
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