A retirada da Lei do Bem afeta diretamente o acesso à tecnologia pela população de baixa renda, podendo, inclusive, não resultar em aumento real da arrecadação do Governo por conta da queda das vendas, de acordo com a Federação das Associações das Empresas Brasileiras de TI (Assespro).
A organização, juntamente com outras entidades representativas do ramo, se reuniu com o ministro de Ciência e Tecnologia, Aldo Rebelo, e o secretário Virgílio Almeida, e a intenção foi reivindicar a continuidade do incentivo da Lei para smartphones e outros equipamentos eletrônicos.
Outra questão apontada pelas entidades é que a decisão abre espaço para o crescimento do “mercado cinza de hardware”, o comércio de equipamentos contrabandeados. “É importante lembrar que o setor de hardware também reflete diretamente no segmento de software, por isso é essencial que o Ministério entenda nossa causa e defenda o setor perante o Governo”, afirma Jeovani Salomão, presidente da Assespro Nacional.
Após o encontro, o secretário solicitou que o setor envie dados sobre o impacto fiscal da Lei do Bem, além de uma carta assinada em conjunto entre as entidades. Com os documentos, o ministro se comprometeu a buscar apoio do Ministério do Desenvolvimento para conversar com a presidente Dilma Rousseff e o ministro da Fazenda Joaquim Levy.
Além dos representantes da Assespro, participaram da reunião Jorge Sukarie, presidente da Abes, Carlos Duprat diretor-executivo, da SindiTelebrasil, Jacques Leite, da Softex, Anderson Filho, assessor da Abinee, e Héio Bruck, presidente da Positivo.