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Rede social impacta negócios da indústria automotiva, diz estudo

O setor automotivo começa a ser impactado pelas redes sociais, constata a 15ª edição do Cars Online 2014 Generation Connected, estudo global realizado pela Capgemini em dez países (Alemanha, Brasil, China, Coreia do Sul, EUA, França, Índia, Indonésia, Reino Unido e Rússia. A pesquisa entrevistou 10 mil consumidores conectados.

De acordo com a pesquisa, a relação das concessionárias e das montadoras de automóveis com os clientes, as crescentes demandas digitais e as expectativas dos consumidores acerca das tecnologias de conectividade devem transformar o setor.

Essa mudança traz uma série de implicações para os fabricantes, que devem atender à procura progressiva dos clientes atuais por uma experiência mais holística nos canais de compra – seja no ambiente online ou no físico.

Segundo o estudo, os fabricantes de autopeças e as concessionárias devem adaptar sua abordagem para melhorar a experiência do cliente, de modo a permanecerem competitivos e oferecer uma nova combinação de serviços automotivos.
Mesmo com mais da metade (55%) dos respondentes da pesquisa afirmando que o vendedor da concessionária ainda é a fonte mais importante de informações, o estudo mostra que as vendas online e os consumidores digitais estão se tornando o motor propulsor da comercialização de automóveis.

Força da internet na decisão de compra

A maioria dos consumidores de (97%) usa a internet para pesquisar as características dos veículos, os níveis de satisfação e as avaliações dos compradores, além de verificar a reputação dos fabricantes e da concessionária quanto à honestidade e ao atendimento dos clientes.
Além disso, 76% dos entrevistados postam ou pretendem compartilhar suas experiências com os veículos nas redes sociais. No Brasil, especificamente, essa porcentagem chega a 84%, atrás apenas da China e da Indonésia, com 97% dos usuários.
O relatório também apontou que, no geral, 44% dos consumidores estão dispostos a fazer compra online de carro. Este índice aumentou 50% com os clientes da geração Y (entre 18 e 34 anos de idade).

Igualmente, as redes sociais se tornaram um fator relevante na busca por carros – 85% dos consumidores esperam que as montadoras e concessionárias interajam com eles nas redes sociais e 73% têm sua decisão de compra influenciada pelos comentários positivos postados.
Entre os entrevistados, 47% disseram ter interesse por um pacote de mobilidade, com uma vasta gama de veículos, serviços e acessórios que podem ser adquiridos por um preço fixo e um período determinado de tempo. Em mercados emergentes o interesse é ainda maior, com mais da metade dos consumidores na Coreia do Sul (53%), Brasil (57%), Indonésia (61%), Índia (67%) e China (68%).

Carro conectado
O estudo indica, ainda, que a comunicação entre o carro, o motorista, a montadora e a concessionária será vital no futuro, uma vez que oferece uma oportunidade que beneficia a todos.

Assim, possibilita uma interação pós-venda centrada nas demandas mais importantes do consumidor: segurança e experiência ao volante (83%), gestão do veículo (79%) e atendimento ao cliente em tempo real (74%).

Além disso, a era do carro conectado traz uma grande oportunidade para as montadoras entenderem melhor seus consumidores finais, uma vez que a maioria (80%) dos compradores de automóveis está mais disposto do que nunca a compartilhar seus dados com as fabricantes e concessionárias – desde que obtenham algum benefício em troca.
“Os clientes conectados assumiram o controle. O novo consumidor de automóveis sabe exatamente o que e como quer. Ele também está usando a tecnologia para aumentar seu poder, tanto como comprador quanto como usuário de veículos”, afirma líder global do setor automotivo da Capgemini, Nick Gill.

O executivo observa que concessionárias e montadoras estão atentas  às mudanças no processo de compra de automóveis, olhando além das lojas físicas e buscando envolver os clientes e interagir com eles em diversos canais. “Essa nova dinâmica cria uma série de oportunidades para manter relacionamento com os consumidores, permitindo conhecê-los melhor durante o processo de compra”, conclui Gill.

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