Red Hat quer ser a maior fornecedora da próxima geração de infraestrutura

O mundo está cada vez mais conectado e, por sua vez, a economia e as empresas estão enfrentando uma transformação digital sem antecedentes. Com o surgimento de tecnologias disruptivas e a avalanche de dados que podemos esperar em um breve futuro – a previsão é de que o tráfego mundial chegue aos 2 zettabytes até 2019 – novos modelos de negócios serão criados e a demanda por estruturas que se adaptem crescerá exponencialmente.
Nesse novo cenário, um dos objetivos da Red Hat é se tornar a fornecedora da próxima geração de infraestrutura, primariamente definida por software, ou seja, é “mais ágil, mais flexível e mais barata“, como definiu o vice-presidente-executivo de vendas globais e serviços da empresa, Arun Oberoi, em uma mesa-redonda realizada para jornalistas da América Latina durante o Red Hat Summit 2015, evento que acontece entre os dias 23 e 26 de junho, em Boston, Estados Unidos.
“Estamos chegando a um novo mundo baseado na informação, na qual mais de 7 bilhões de pessoas estarão interagindo com máquinas e outros bilhões de dispositivos estarão conectados. Precisamos de um novo olhar na infraestrutura, porque tudo irá depender dela”, afirma.
Para tornar esse novo mundo possível, é preciso investir em rapidez e menor custo – exatamente o que a companhia oferece. O modelo de negócios da empresa é baseado em subscrição, o que significa que as organizações não estão presas aos produtos da Red Hat. “Se elas não estão felizes com os nossos serviços, elas podem mudar”, diz o vice-presidente da Red Hat para América Latina, Paulo Bonucci.
De acordo com o executivo, o principal foco da empresa atualmente está nos segmentos de telco, financeiro e serviços públicos. “Esses são os setores que mais demandam infraestrutura, por isso procuramos eles primariamente”, complementou Oberoi. Uma vez que essas áreas foram endereçadas, o restante fica mais fácil de ser englobado no plano, porque “todo o restante interage com essas três dimensões”, explica.
Open source e o futuro
Quando questionado sobre se as empresas, um dia, participariam do modelo open source de fato, colaborando com o desenvolvimento de códigos, por exemplo, Oberoi foi taxativo. “Acredito que um dia todos estaremos trabalhando juntos”, disse.
“O mundo precisa se abrir, porque estarão conectados milhões de milhões de coisas, então não há como manter sistemas proprietários”, diz Oberoi. “Pense no Google, com seus milhões de servidores. Se não houvesse o open source, [o ecossistema] não seria econômica e tecnologicamente viável de existir”, completa Bonucci.
Com relação aos planos para a América Latina, o executivo afirma que há grandes oportunidades a serem conquistadas. “O mercado é bom quando está crescendo e, quando não está crescendo tanto, as empresas querem reduzir custos e, nesse caso, somos uma ótima opção para manter a eficiência”, diz Bonucci.
Essa é uma visão que a empresa já tinha apresentado no Red Hat Summit que aconteceu no ano passado. Jim Whitehurst, presidente e CEO da empresa, disse na época que a intenção da Red Hat era dobrar a operação da região dentro de cinco anos. Um ano depois, essa visão está ainda mais positiva: “eu diria que conseguiremos fazer isso em três anos, não em cinco. Estamos fazendo os investimentos certos e indo no caminho certo”, encerra Bonucci.
*A jornalista viajou a Boston (EUA) a convite da Red Hat