Todo mundo sabe que o Google trabalha em diversos projetos que vão muito além de seu motor de buscas. Mas Wall Street quer saber quando todos esses projetos vão começar a dar lucro. Nos últimos três meses de 2014, o crescimento da receita líquida do Google caiu 10% quando comparado com o mesmo trimestre do ano anterior.
Por outro lado, a receita do Google no quarto trimestre de 2014 somou US$ 18,1 bilhões, crescimento de 15% em comparação com os US$ 15,71 bilhões do mesmo período do ano anterior. Apesar do salto, o número é menor do que o de empresas como Apple e Facebook e abaixo do esperado por analistas do mercado, que acreditam que a companhia somaria US$ 18,46 bilhões.
Já o lucro líquido foi de US$ 4,76 bilhões no último trimestre, em comparação com os US$ 3,38 bilhões do quarto trimestre de 2013. O lucro por ação, sem incluir encargos, ficaram ligeiramente abaixo das expectativas dos analistas.
O resultado foi claramente pressionado por uma série de fatores temporários, incluindo a alta do dólar que impactou nas vendas no exterior. A empresa disse que se não fosse a flutuação cambial, suas receitas teriam somado US$ 18,7 bilhões em vez de US$ 18,1 bilhões.
A divulgação do último relatório da gigante de buscas alimentou temores de que embora o Google tenha diversificado seus negócios nos últimos anos, de carros autônomos a óculos inteligentes, sua essência ainda está na venda de anúncios nos resultados de busca na web.
A receita do Google com seus sites, que inclui seu motor de busca e YouTube, responde por pouco mais de dois terços dos negócios da empresa e aumentaram 18% em comparação com o ano anterior. Investidores se perguntam agora qual é a representatividade do Google Play, YouTube e Google for Work para os negócios do Google. Há indícios, no entanto, de progresso nessas áreas. O Google disse que a receita na categoria “outros” – incluindo a Play Store – aumentou 19% em relação ao mesmo trimestre do ano passado, somando agora US$ 1,95 bilhão.