Realidade ou ficção? Microsoft aposta em tecnologias futurísticas para ajudar usuários
Minority Report, Inteligência Artificial, Eu Robô. Esses são alguns filmes que exploram a imaginação e criam tecnologias que vão além do que temos atualmente. Pode parecer só ficção científica, mas graças a pessoas como o cientista Rico Malvar, podemos ficar um pouco mais próximos desse mundo do cinema.
O executivo é responsável por liderar o laboratório de pesquisas da Microsoft – o Microsoft Research – e, basicamente, tem o objetivo de criar novas e inovadoras tecnologias, como o Kinect e a Hololens.
O laboratório de pesquisa da MS foi criado em 1991 e está espalhado em locais no mundo como EUA, China, Índia e Inglaterra. No Brasil, a empresa abriu um laboratório neste ano e possui mais 12 centros de inovação espalhados pelo País.
Na quinta-feira (24/8), o especialista fez uma demonstração durante o evento Microsoft Insights, que aconteceu em São Paulo, de uma das últimas criações que os pesquisadores do laboratório estão trabalhando: a versão do Skype Translator para o português. A ferramenta de tradução simultânea foi desenvolvida em 2011 e seu preview foi liberado publicamente no fim de 2014.
A tecnologia ainda precisa ser refinada antes de ser liberada para o grande público – e por isso ainda não tem previsão de lançamento, mas Malvar afirma que ela está quase pronta e os planos futuros são grandiosos, como levá-la para a Cortana, para o Windows. Tudo sempre pensando em como ajudar o usuário. “Nossa preocupação é sempre pensar no uso na tecnologia como assistente pessoal”, afirma.
A analogia usada pelo executivo é com um assistente humano: a ajuda dessa pessoa te torna mais produtivo. “Você confia nela ao ponto dela ler parte do documento em que está trabalhando, seus e-mails. Pense na nossa inteligência artificial do mesmo jeito”, diz. “A nossa visão é trazer essa capacidade de ajuda para mais cenários e cada vez mais complexos.”
Malvar também comenta que, em um futuro breve, veremos mais a atuação de análises emocionais. Imagine um cenário no qual o usuário trabalha em um documento no Word, e a máquina pode identificar o jeito que as letras são digitadas, ou para onde o olho se movimenta. “Poderemos combinar a tecnologia para te falar em um dado momento ‘será que não está na hora de fazer uma pausa e tomar um café?’”, brinca o especialista. “Poderemos te ajudar em uma dimensão completamente nova.”
Outro ponto que a empresa trabalha é na ampliação das capacidades do Kinect. A câmera está ganhando nova profundidade e, no futuro, poderá ser capaz de identificar se a mão do usuário está aberta ou fechada e até mesmo pegar objetos, virtualmente falando. “As câmeras que são necessárias são basicamente as que já temos. Com a Hololens, podemos jogar isso em cima da realidade aumentada”, conta Malvar. “O Xbox é apenas uma área, mas queremos habilitar um mundo inteiro em cima disso.”
E quanto à segurança e à privacidade de dados, Malvar deixa claro que esses pontos não podem ser deixados de lado, especialmente porque cada usuário se comporta de uma maneira quando o assunto é segurança das suas informações. “Parte da pesquisa é saber o que as pessoas querem e como a sociedade se comporta em termos de privacidade. As pessoas agem de maneiras diferentes em uma mesma situação, então temos de tornar a plataforma flexível para apresentar o que esta sendo esperado”, diz.