Quase 40% das organizações contam com inteligência artificial de alguma forma

O número de empresas que implementam inteligência artificial (AI) cresceu 270% nos últimos quatro anos e triplicou no ano passado, de acordo com a pesquisa 2019 CIO Survey, do Gartner. Os resultados mostraram que as organizações em todos os setores usam a AI em diversas aplicações, mas lutam com a escassez de talentos.

“Há quatro anos, a implementação da AI era rara, apenas 10% dos entrevistados relataram que suas empresas haviam implantado a tecnologia ou fariam isso em breve. Para 2019, esse número saltou para 37% – aumento de 270% em quatro anos”, disse Chris Howard, vice-presidente de pesquisas do Gartner. “Se você é um CIO e sua organização não usa AI, há grandes chances de que seus concorrentes o façam e isso deve ser uma preocupação.”

A implantação da inteligência artificial triplicou no ano passado – passando de 25% em 2018 para 37% hoje. As razões para esse grande salto são que as capacidades de AI amadureceram significativamente e, portanto, as empresas estão mais dispostas a implementar a tecnologia. “Ainda permanecemos longe da AI geral que pode assumir tarefas complexas, mas agora entramos no campo do trabalho e da ciência de decisão aumentados pela AI – o que chamamos de ‘inteligência aumentada'”, acrescentou Howard.

Os CIOs perceberam que a transformação digital sustentável e a automação de tarefas andam de mãos dadas. A AI tornou-se parte integrante de todas as estratégias digitais e já é usada em diversas aplicações. Os resultados da pesquisa mostram que 52% das organizações de telecomunicações implantam chatbots e 38% dos provedores de assistência médica contam com diagnósticos assistidos por computador. Outros casos de uso operacional para AI são a proteção contra fraude e a fragmentação do consumidor.

Quanto mais as empresas trabalham com AI, mais claro se torna o desafio de implantação. Cinquenta e quatro por cento dos entrevistados veem a escassez de habilidades como o maior desafio enfrentado pela organização.

“Para ficar à frente, CIOs precisam ser criativos. Se não houver talentos de AI disponíveis, outra possibilidade é investir em programas de treinamento para funcionários com experiência em estatística e gerenciamento de dados. Algumas organizações também criam compartilhamentos de trabalho com ecossistemas e parceiros de negócios”, finalizou Howard.

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