O cientista de dados que atua no mercado tem o papel de transformar dados em inteligência para o negócio. Perguntas do tipo “Quais produtos interessam aos meus clientes?” ou “ neste mês, quais clientes provavelmente deixarão de me pagar?” são exemplos de problemas possíveis de resolver com os métodos de ciência de dados. O profissional auxilia as empresas de maneiras diferentes, seja na redução de custos, aumento de produtividade e até mesmo fornecendo informações para tomada de decisão de gestores e diretores.
O cientista de dados deve compreender integralmente o problema e também identificar que tipo de método pode ajudar a resolver a situação. Assim, após a identificação do método, se inicia o “tratamento dos dados”, muitas vezes essa etapa toma a maior parte do tempo. No “tratamento”, é importante fazer a “limpeza” na base de dados, para eliminar anormalidades e informações irrelevantes. O objetivo dessa etapa é fornecer ao método escolhido apenas informações úteis para a resolução do problema. Ao conclui-la, o método escolhido é aplicado e a solução resultante é avaliada utilizando métricas específicas. Essas métricas são escolhidas de modo que evidenciem as limitações contidas na solução.
Se os resultados obtidos forem positivos, o cientista de dados tem o papel de apresentar a solução para que o dono do problema avalie. Também é muito importante que não haja dúvidas quanto a utilização da inteligência criada, então a comunicação clara é um dos requisitos para um projeto bem executado.
Não há uma formação acadêmica necessária para desempenhar o papel de cientista de dados, ainda que exista grande incidência de matemáticos, físicos e cientistas da computação na área. Contudo, qualquer profissional com forte capacidade analítica, pode se especializar, desde que haja disposição para estudar. Atualmente, existem muitos treinamentos de ciência de dados disponíveis, provavelmente reflexo da alta demanda por profissionais desse ramo.
Segundo um levantamento publicado pelo LinkedIn, a profissão Cientista de Dados está primeiro lugar na lista de profissões promissoras em 2019. A remuneração é uma das mais agressivas do mercado com um salário médio de R$ 7 mil, segundo a plataforma de empregos Glassdoor.
Idealmente, a pessoa que tem interesse em trabalhar com ciência de dados, precisa estar confortável com a multidisciplinaridade contida na atividade, pois o dia a dia é repleto de conceitos de matemática, estatística e programação, além das especificidades contidas em cada problema. Existem muitos treinamentos em diversos níveis, então para quem está começando, o ideal é partir dos níveis mais básicos e com muitos exemplos práticos, quanto mais, melhor. É muito importante ter familiaridade com as ferramentas de trabalho (como Python ou R), então o treinamento prático é essencial. Também vale ressaltar a importância do conhecimento do inglês, principalmente a leitura, pois grande parte do conteúdo está disponível apenas em inglês.
O cientista de dados é indispensável para empresas atentas às tendências de mercado. O trabalho do profissional pode colocar a companhia em uma posição de liderança, fortalecendo a competitividade antecipando tendências e soluções.
*Felipe Santos é cientista de dados na Locaweb. Formado em Matemática aplicada pela USP, Felipe tem especialização em Machine Learning pela Coursera e em Data Science pela NYC Data Science Academy
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