Empresas em toda a América Latina e ao redor do mundo estão passando por mudanças radicais em nível organizacional. O setor de TI não é exceção. A transformação digital está causando um enorme impacto na TI, forçando CIOs e outros executivos de nível sênior a transformar mindsets, atualizar habilidades e repensar as prioridades na busca por produtividade e crescimento profissional.
CEOs e líderes empresariais reconhecem há muito tempo a necessidade de serem mais focados e atualizados sobre novas tecnologia. Mais recentemente, os CIOs e outros executivos da área começaram a perceber que precisam fazer o mesmo em relação a negócios, e, no caminho, encontrar CEOs dispostos a impulsionar a empresa como um todo. Para muitos executivos de TI, isso significa assumir uma nova função – estrategista de negócios – e liderar o crescimento por meio de iniciativas estratégicas voltadas para tecnologia.
Dito isso, não confunda as iniciativas tecnológicas estratégicas de hoje com projetos anteriores, que tentavam introduzir grandes mudanças organizacionais de uma só vez. Normalmente, esses projetos “big bang” levavam meses, senão anos, de esforços da equipe de TI, mas nunca chegavam a se materializar ou então não atendiam os requisitos do negócio. Se os CIOs querem promover qualquer mudança na organização, a melhor aposta é em soluções rápidas que possam agregar valor continuamente.
Exceções a essa proibição a grandes mudanças geralmente dependem da perspectiva de cada companhia. Para uma empresa que utiliza uma variedade de aplicativos de comunicação e colaboração, a implementação de um software de chat ou outra ferramenta similar pode não ser um evento significativo. Enquanto isso, outra empresa pode considerar o chat uma grande mudança por permitir, pela primeira vez, a comunicação em toda a organização, tornando-a inestimável. Independentemente do ponto de vista, as duas companhias perceberão que o chat atende às demandas atuais por velocidade e valor.
Além de uma mentalidade que valoriza a estratégia do negócio e iniciativas valiosas e rapidamente atingíveis, os CIOs precisarão de novas aptidões enquanto avançam. Em particular, devem desenvolver habilidades analíticas. As análises são mandatórias, porque os executivos precisam de ferramentas para responder a questões comerciais complexas, que vão além de relatar o ocorrido, também mergulhando nos dados para entender por que determinada situação aconteceu e como evitá-la ou repeti-la no futuro. É aí que a análise entra em campo.
Outras competências que os CIOs devem buscar incluem inteligência de negócios, machine learning e conhecimento em IA. E eles devem abraçar as novas tecnologias low-code e no-code para entregar rapidamente os requisitos de aplicação para as unidades de negócios, e entender as plataformas de nuvem, como Amazon, Google e Microsoft, que executarão essas tecnologias. Os CIOs também devem se tornar fluentes nos requisitos operacionais dessas plataformas, porque é onde a maior parte das tecnologias estará hospedada.
As habilidades break/fix, por outro lado, estão se tornando menos valiosas. Atualização de sistemas operacionais endpoint, redefinição de senhas e outras responsabilidades tradicionais de TI estão sendo automatizadas por softwares ou por plataformas como Amazon e Google. Então, os CIOs não precisam gastar muito tempo nessas tarefas que não envolvem muito insight ou estratégia.
O mesmo vale para conhecimentos de implantação de aplicações. Graças ao código serverless, os CIOs não precisam mais se preocupar com a infraestrutura e os componentes que executarão as aplicações. Esses problemas são resolvidos pela nuvem.
Por fim, para terem sucesso nessa era de transformação digital, os CIOs precisam repensar suas prioridades. Quais iniciativas estratégicas eles vão defender daqui para frente? Aqui, experiência do cliente é o principal. Os CIOs devem garantir que os clientes tenham a melhor experiência possível sempre que se engajem com a empresa, seja usando os produtos e serviços, comunicando-se com o suporte pré ou pós-venda ou interagindo por meio de qualquer ponto de contato. Isso significa escolher as tecnologias certas para oferecer a melhor experiência.
Se há alguma outra prioridade competindo pela primeira posição com experiência do usuário, é privacidade. Enquanto recebe bastante atenção graças a leis e regulamentações, como o GDPR e a LGPD, no Brasil, a privacidade ainda é uma questão desconhecida por muitas companhias. O que faz dela uma prioridade para os CIOs é que a violação das leis de privacidade pode quebrar uma empresa financeiramente e arruinar sua reputação. Priorizar a privacidade significa educar os usuários e também investir em tecnologias.
CIOs e líderes de TI desempenham um papel vital na transformação digital de qualquer organização. Adotando um mindset compatível, aprimorando habilidades complementares e repensando as prioridades organizacionais, o CIO pode posicionar a si mesmo e sua empresa no caminho de uma transformação bem-sucedida.
*Raj Sabhlok é presidente da ManageEngine
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