Procon quer que sites de ingressos justifiquem taxa de conveniência
Fundação de defesa do consumidor solicitou que empresas do setor apresentem dados técnicos para justificar cobrança

O Procon-SP realizou uma reunião na última segunda-feira, 24/6, com empresas que vendem ingressos pela Internet para discutir a cobrança da polêmica taxa de conveniência, que costuma variar entre 15% e 20% do valor do ingresso para as compras feitas on-line.
Para o órgão de defesa do consumidor, a venda de ingressos pela internet – seja de pequenos ou grandes eventos – traz vantagem ao fornecedor, uma vez que amplia o universo de venda e a velocidade da comercialização. Já o consumidor, aponta o Procon, precisa arcar com uma onerosidade excessiva, apesar da facilidade da compra.
“Cumprindo a missão de defender o consumidor e equilibrar o mercado, nós chamamos as empresas para expor o nosso posicionamento e também ouvir os argumentos do setor”, afirma Fernando Capez, diretor executivo do órgão.
Na ocasião, destaca o Procon, os representantes das empresas tiveram a oportunidade de dar à diretoria da fundação o seu ponto de vista com relação à cobrança, defendendo que esta deve ser transparente e feita separadamente do ingresso.
Entrega de dados
Vale notar que as empresas deverão apresentar ao Procon dados técnicos e econômicos que demonstrem e fundamentem a taxa de conveniência – o prazo para entrega é de 10 dias, a partir da última segunda, 24/6. Com base nestes documentos, a fundação irá avaliar quais medidas serão adotadas.
Estiveram presentes no encontro: Associação Brasileira de Empresas de Venda de Ingressos (Abrevin), Bilheteria Digital, Clube do Ingresso, Consciência, Entretickets, GP Brasil F1, Omelete Desenvolvimento Cultural, Popload, Stubhub, Ticket Fácil, T4F e Velox Tickets.