“Precisamos nos dedicar a pensar, isso a máquina não faz”, diz empreendedor

Sandro Magaldi, cofundador do meuSucesso.com, transformações não são sobre tecnologias, são sobre pessoas

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4:03 pm - 26 de setembro de 2018

Para Sandro Magaldi, cofundador do meuSucesso.com, o maior vetor de desenvolvimento do Brasil será o empreendedorismo. “Uma das minhas maiores questões existenciais dos últimos anos é entender se as pessoas estão preparadas para a gestão do amanhã”, disse.

Magaldi hoje se dedica exclusivamente a responder essa questão. De acordo com ele, estamos na quarta revolução industrial e em nenhum outro momento da história da humanidade aconteceram tantas e tão intensas transformações.

Gordon Moore é um dos fundadores da Intel, que na década de 1970 lançou o microprocessador. Ele sentenciou aquilo que ficou conhecido com a Lei de Moore: qualquer sistema computacional dobrará sua capacidade de processamento a cada 18 meses.

“Toda a capacidade tecnológica que foi capaz de levar o homem para a lua cabe em um smartphone. Um iPhone X tem 14 mil vezes a capacidade de processamento que foi necessária para a viagem espacial”, disse Magaldi, que ressaltou que quando a tecnologia cresce exponencialmente, diminui o preço e aumenta o alcance.

Impacto tecnológico

Por isso, é necessário ter consciência de que tudo o que acontece em uma empresa é consequência do que ocorre na sociedade. “Qualquer mudança social influencia o nosso negócio”, explicou. O empreendedor mostrou que nos últimos três anos houve uma diminuição de 20% na emissão de carteiras de motorista no Brasil — o que mais motivou a redução foi a chegada da Uber no país.

Em breve, teremos veículos autônomos rodando. Eles mudarão o comportamento de quem está se deslocando, que poderá fazer outras coisas durante o caminho. “Eles podem ser mais um meio para exibirmos os produtos, poderemos gerar experiência de compra no painel do carro”, exemplificou.

“Talvez não haja um período de tempo tão virtuoso para ser viver quanto hoje”, ponderou. Segundo ele, essas transformações não são sobre tecnologias, são sobre pessoas. “É necessário desenvolver nossas habilidades cognitivas. Precisamos nos dedicar a pensar, a prever problemas. Isso a máquina não faz.”

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