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Por que as linguagens de programação mais usadas também são as mais impopulares?

A programação é essencial para o trabalho dos desenvolvedores, isso não dá para negar. Mas como todo o trabalho tem os chamados “ossos do ofício”, o mesmo acontece com essa profissão tão requisitada: a “dor”, no caso, é trabalhar o dia inteiro com um código que não se gosta. 

Especialmente porque muitas das principais linguagens utilizadas em aplicações não são lá muito queridas entre seus usuários. Para entender mais sobre essa relação de amor/ódio, o TechRepublic ouviu líderes do setor para entender o porquê de linguagens de codificação  omo Python, Java e JavaScript, amplamente usadas, também tão impopulares entre os profissionais.  

Dentro da pesquisa promovida pelo site, Java e JavaScript  aparem disparadas como as linguagens mais impopulares entre os desenvolvedores.  Mas por qual motivo?

Jack Mannino, CEO da nVisium, provedora de segurança de aplicativos, diz que pelo design, o JavaScript “incentiva antipadrões, como o uso de variáveis globais, e a abordagem de coerção” da linguagem que, segundo ele, “confunde os desenvolvedores quando os resultados são inesperados”. 

Quanto ao Java: Thomas Hatch, CTO e Co-Fundador da SaltStack, fornecedora inteligente de software de automação de TI, explica que o código é “insustentável, complicado e difícil de manter”, o que considera irônico, já que foi criado com o objetivo de facilitar a manutenção de grandes equipes. 

Cada qual ao seu igual

Para Katie Levy, Engenheira de Software Sênior da Intuit, toda linguagem tem seu próprio objetivo e muitas vezes o uso da linguagem depende do contexto que o desenvolvedor está programando.  

Will Goode, instrutor principal do Coding Dojo, segue a mesma linha. “Se eu quisesse escrever mais aplicativos com desempenho otimizado para rodar em um sistema operacional, apreciaria muito o que o C ++ me oferece. Se quisesse escrever um kernel do sistema operacional, apreciaria o que posso fazer com C. E se eu quisesse escrever um código necessário para acessar conjuntos de instruções especiais do meu hardware, o Assembly seria ótimo”, diz Goode. 

Entretanto, existem características comuns entre as linguagens que as diferenciam. Para Mannino, “uma linguagem de programação ideal tem sintaxe direta, um conjunto forte de bibliotecas principais”. Ele acrescenta que uma linguagem é flexível o suficiente para resolver problemas diversos e ainda fornece “recursos facilmente implementáveis no caso de você desejar usar como padrão a implementação opinativa da linguagem”. 

 Hatch também acredita que uma boa linguagem deve ser “compreensível”, no qual o desenvolver consegue se comunicar facilmente com outro profissional sobre como o programa foi construído. “A simplicidade vence”, ressalta.

“É por isso que gosto tanto de Python – é fácil desenvolvê-lo; e poucos desenvolvedores de Python escrevem códigos difíceis de passar para outro desenvolvedor”, acrescenta. 

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