A Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMESP), a maior corporação estadual no Brasil, com um efetivo de mais de 90 mil pessoas, está apostando na digitalização para melhorar o policiamento. No início de 2015, a PMESP adotou o uso de plataformas de vídeo colaboração (videoconferência) para agilizar as tomadas de decisões da corporação e tornar mais rápido o serviço de atendimento de emergência à população.
A demanda inicial veio do alto comando, em busca de reduzir o tempo e os custos para realizar reuniões e agilizar a tomada de decisão. “A tecnologia permitiu alcançar tudo isto em pouco tempo e com retorno de investimento já realizado”, diz o Capitão PM Chefe da Seção de Serviços de Imagem do Centro de Processamento de Dados, Fabiano de Souza Pereira.
Responsável pela estratégia de TI e de Imagens – as câmeras, as aeronaves e a videoconferência na Polícia Militar – o Capitão explica que, além de priorizar o atendimento aos 62 coronéis do alto comando, a tecnologia permitiu gravar as reuniões gerando atas eletrônicas, armazenadas e de fácil consulta pelos comandantes.
Os benefícios, segundo ele, estão sendo estendidos a outras áreas na corporação, as quais passaram a demandar a videoconferência. A primeira dessas áreas é composta pelos 50 batalhões no interior que cuidam da segurança do Estado de São Paulo. Para reunir seus comandantes em reuniões de planejamento mensal, antes presenciais, havia elevados custos indiretos (veículos) e custos diretos.
Além da região da Grande São Paulo, 606 municípios no interior (13 municípios para cada batalhão) são atendidos. A economia alcançada de R$ 1,2 milhão em 2015 com redução desses deslocamentos (custos de combustível, passagens etc.) gerou também mais produtividade e qualidade de vida, já que foram economizadas 13.500 horas/ano gastas com deslocamentos de cerca de 680 mil quilômetros ao ano com as reuniões presenciais dos batalhões.
A tecnologia
A PMESP utiliza plataformas de videoconferência da linha Polycom® RealPresence® Group. Há soluções instaladas nas salas de reunião do alto comando em São Paulo, sendo que há previsão de expansão para dez outros pontos no interior do Estado. Outros equipamentos de vídeo colaboração também foram implementados nos quatro caminhões que a Corporação possui como salas móveis de conferência (um caminhão para o Corpo de Bombeiros, um para a Polícia Rodoviária, dois destinados aos grandes eventos como manifestações, Grande Prêmio de F1, entre outros).
Há também um concentrador multiponto para as 40 videoconferências realizadas em HD (alta definição), cujo plano será dobrar a capacidade para 80 videoconferências; e ainda uma solução de acesso para estabelecer a comunicação de videoconferência via Internet. Já nos batalhões, os computadores têm instalado o agente para desktops. “O edital público exigiu qualidade, interoperabilidade e padrão aberto para implementação da plataforma de videoconferência, uma vez que deveríamos integrar essa tecnologia ao parque tecnológico e demais necessidades da Polícia Militar”, diz o Capitão Pereira.
A infraestrutura agora está sendo estendida a área de Treinamento da PMESP, que aplica os cursos para toda a corporação e complementará a plataforma de EAD (Ensino a Distância). O treinamento é parte constante na área operacional, bem como no uso de tecnologia (sistema inteligente da Polícia Militar). Desde 2011, a corporação já realizou o treinamento do seu efetivo de mais de 90 mil pessoas, pois pelo menos um treinamento ao ano é obrigatório no EAD.
A aula interativa e o streaming, agora têm vídeo colaboração, tornando o treinamento mais interativo e ágil. Em julho de 2015 foram iniciados cinco novos projetos no treinamento com o uso de plataforma de vídeo colaboração para streaming. Todos esses projetos visam disseminação do conteúdo sob demanda na Diretoria de Ensino, Diretoria de Pessoal, Diretoria de Telemática (tecnologia) e igualmente foi requerido pela área de planejamento estratégico.
Antes da solução para streaming, os conteúdos produzidos em vídeo eram gravados em DVD e entregues aos batalhões e demais unidades da PMESP via correio, impactando no tempo para repassar o conteúdo aos usuários finais. Com a adoção da solução Polycom para streaming houve um aumento na procura por vídeos educacionais pelas diretorias com o intuito de melhorar a instrução do efetivo, desde conteúdos produzidos para instrução (com aulas de procedimentos gravadas) ou instruções de um assunto específico.
A Polícia Militar também teve uma grande demanda por transmissões ao vivo de aulas a grupos de policiais que estão se preparando para concursos internos, de modo que um policial tem a oportunidade de ter um conhecimento mais aprofundado sobre um assunto, além de fazer uma instrução ao vivo, de forma não presencial. Além destas aplicações, a plataforma de vídeo colaboração contribuiu para todo o planejamento da Operação Verão, o que não será diferente para as próximas temporadas.
Próximos passos
A PMESP prepara-se agora para integração de imagem pela videoconferência com atuações em campo, de maneira que o estratégico e o operacional atuarão virtualmente, juntos, para tomadas de decisões em tempo real. “Ainda estamos em fase inicial, finalizando a implementação como um todo, porém já estamos usando as funcionalidades da plataforma para diversas atividades e observamos diversas mudanças de cultura organizacional, com ganhos de tempo e redução de custos”, diz o 1º Tenente da Polícia Militar do Centro de Processamento de Dados, Edgar Pinezzi de Mello.
As áreas de treinamento, telemedicina, teleaudiência têm atividades que estão em uso piloto da plataforma Polycom. Há testes também sendo realizados com versão cliente de Android para os tablets nas viaturas – uma frota de 11 mil viaturas – em que se está avaliando uso de videoconferência em campo com os tablets. “O policial é um indivíduo da sociedade e também compõe a atual geração dos dispositivos móveis sendo mais simples acompanhar as mudanças cultural e tecnológica em razão da familiaridade que possui com esses recursos”, explica o 1º Tenente Mello.
Segundo ele, a PMESP está vivenciando um processo de aculturamento, já que a virtualização de ambientes permite reunir mais rapidamente, com maior frequência e, consequentemente, com pautas menores, aumentando o foco do debate e com mais efetividade da reunião. Para o 1º Tenente Mello, a tomada de decisão sendo mais ágil com a videoconferência fará com que as ações se tornem mais objetivas, atingindo suas finalidades em um tempo mais curto, o que poderá resultar na prestação de um serviço de atendimento de emergência mais rápido à população e com mais qualidade.
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