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Podcast ‘E agora, TI’ escuta KPMG e CIOs para investigar a TI na pandemia

Um ano após a pandemia de covid-19 impactar o mundo, qual é o saldo que fica para as organizações e, em especial, para as áreas de TI? Em meio a disrupção causada nos negócios e nas formas de trabalho, as equipes de Tecnologia foram cobradas para agir e suportar uma transição da noite para o dia. E isso trouxe efeitos colaterais.

Pesquisa da KPMG com a Harvey Nash buscou colocar a pandemia no centro das demandas e desdobramentos para entender as diferentes realidades dos CIOs. Feita com mais de 4 mil CIOs, de 83 países, a “CIO Survey 2020” retrata um cenário dos investimentos, das áreas privilegiadas pela TI e também como a liderança vinha se posicionando no pré-covid e no cenário ainda pandêmico. Afinal, o que mudou?

Para jogar luz ao tema, o podcast “E agora, TI“, uma produção original da IT Mídia, reuniu Marcos Fugita, Sócio-líder de Tecnologia e Software e Tech Consulting da KPMG Brasil; Rafaela Paiva, Diretora de TI Latam para Internal Systems do Mercado Livre; Cesar Augusto dos Santos, CIO da Claro e Danilo Zimmermann, CIO da DASA. 

As prioridades dos CIOs não sofreram grandes mudanças, segundo o estudo conduzido pela KPMG. Se antes da pandemia, a agenda dos líderes de TI se desdobrava entre “melhorar a eficiência operacional” ; “melhorar engajamento com o cliente” e “desenvolver novos produtos e serviços”, já no período tomado pela covid, as mesmas se mantiveram. Entretanto, também ganhou espaço as práticas e ações que visavam melhorar a experiência dos colaboradores, devido à adoção do trabalho remoto em escala.

Uma previsibilidade do futuro, em períodos incertos, também fica tensionada e é apontada pela KPMG. Para 43% dos CIOs brasileiros ouvidos, acredita-se que entre quatro e seis meses, os líderes conseguirão ter uma visão precisa do futuro e tomar decisões a longo prazo. Nos últimos 12 meses, o orçamento de TI também aumentou para 55% dos respondentes.

Lideranças digitais

A medida que os projetos de transformação digital avançavam nas organizações, mesmo antes da pandemia, os CIOs passaram a ocupar um lugar de destaque entre os conselhos administrativos. Entretanto, o estudo da KPMG mostrou que a porcentagem dos CIOs ocupando as equipes executivas teve um decréscimo. Se em 2017, 71% dos CIOs entrevistados se diziam ocupar a equipe executiva, em 2020, este número global caiu para 61%. De outro lado, quando questionados se eles concordavam que a Covid-19 havia aumentado a influência dos líderes de tecnologia nas organizações, 61% deles afirmaram que sim, com 29% se mostrando neutros e 10% discordando.

Para Danilo Zimmermann, CIO da DASA, as descobertas acerca das lideranças no estudo são “contraintuitivas”. “Eu não quero quer que as empresas estejam retroagindo e colocando a TI embaixo do financeiro de novo ou embaixo de qualquer área”, disse o executivo ao refletir sobre os números trazidos pelo estudo. “O nível de influência e a visão do CEO do board para o líder de tecnologia aumentou substancialmente, trouxe decisões de aumentar os investimentos em tecnologia e, inclusive,  de trocar o líder de tecnologia e trazer alguém mais sênior. Em 2020, em 2021, o cara de TI que não se enxerga digital, ou ele está pensando em aposentar ou está em outro mundo”, repreendeu Zimmermann.

Marcos Fugita, da KPMG, aproveitou para recomendar: “fica aqui o alerta para os líderes de tecnologia, que eles precisam ser mais digitais”.

Ouça o podcast “E agora, TI”, na íntegra, no link abaixo:

 

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