Plataforma do Sírio-Libanês aprimora teleconsultas no SUS

Mangará usa código aberto para integrar diferentes profissionais durante consultas de usuários da rede pública de saúde

Author Photo
10:10 am - 25 de julho de 2024
Imagem: Shutterstock

Uma plataforma desenvolvida pelo Hospital Sírio-Libanês, a Mangará, promete melhorar a experiência de pacientes e profissionais de saúde do sistema único (SUS) nas interações durante consultas virtuais. O sistema coleta de dados de desfecho e integração entre agenda e prontuário, e tem capacidade de integrar diferentes profissionais em uma mesma teleconsulta de forma simplificada.

Trata-se de um software de código-aberto, que segundo o hospital permite transferência de tecnologia para outros serviços e projetos como a personalização de componentes.

“Essa solução foi desenvolvida justamente para concentrarmos em um mesmo espaço chamada de vídeo e prontuário clínico, permitindo o acompanhamento dos principais indicadores de sucesso entre os diversos projetos do PROADI-SUS e, assim, impactando a experiência dos nossos usuários”, explica Sabrina Dalbosco Gadenz, gerente de portfólio de projetos de saúde digital do Sírio-Libanês.

Veja também: CEO da CrowdStrike deve testemunhar no Congresso após falha em atualização

A plataforma foi adotada pelos projetos TeleNordeste, TeleUTI e Reab, que fazem parte do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS). O programa foi criado em 2009 para aprimorar o SUS por meio de projetos de capacitação de recursos humanos, pesquisa, avaliação e incorporação de tecnologias, gestão e assistência especializada demandados pelo Ministério da Saúde.

Reúne seis hospitais privados filantrópicos: o Hospital Alemão Oswaldo Cruz; a BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, o Hospital do Coração (HCor), o Hospital Israelita Albert Einstein, o Hospital Moinhos de Vento e o Hospital Sírio-Libanês. Os recursos vem da imunidade fiscal dos hospitais participantes.

Mangará

A ferramenta tem como fundamento promover cuidado integrado e dar aos gestores e solicitantes visão clara do impacto do projeto em seus territórios. No TeleNordeste, por exemplo, trouxe redução de encaminhamentos presenciais para a atenção especializada. Em junho deste ano, mais de 90% das consultas foram realizadas sem a necessidade de encaminhamento do paciente para um especialista presencial.

Até o momento, mais de 32 mil atendimentos já foram realizados por meio da Mangará desde o início do desenvolvimento em 2021. Pacientes localizados nas regiões norte e nordeste do país, principalmente em lugares de difícil acesso, foram atendidos. Em breve, diz o Sírio-Libanês, novas funcionalidades deverão ser incorporadas.

“O uso de plataformas de código aberto para apoiar a disseminação de uma saúde digital inclusiva é fundamental para democratizar o acesso aos serviços de saúde”, defende Sabrina.

Siga o IT Forum no LinkedIn e fique por dentro de todas as notícias!

Author Photo
Redação

A redação contempla textos de caráter informativo produzidos pela equipe de jornalistas do IT Forum.

Author Photo

Newsletter de tecnologia para você

Os melhores conteúdos do IT Forum na sua caixa de entrada.