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Plano de negócios em 2020: focar em gente

Você trabalha? Pense no que te rodeia? Líderes, liderados, fornecedores, parceiros, clientes. Quantos deles são seres humanos? Todos, certo? Pois bem, humanos sentem. Como queremos focar em resultados mais rápidos e melhores, descartando que todos estes humanos sentem e tomam decisão pelos sentimentos, precisamos voltar a focar neles, urgente e “pra ontem” e sendo de verdade. Empresas não podem acreditar que ambientes coloridos, mesa de sinuca, frutas e cervejas engajam sozinhos. É preciso pulsar paixão e propósito nos seus colaboradores para que seja um ambiente saudável, verdadeiro e aberto a uma cultura co-criada, leve e sustentável.

Tanto é real, que um estudo realizado pela Universidade da Califórnia revelou que, funcionários felizes são mais motivados, além de ser, em média, 31% mais produtivos, três vezes mais criativos e vendem 37% a mais em comparação aos outros. E isso por quê? Porque são humanos em um ambiente de humanos iguais a eles. No livro “Empresas Humanizadas”, traduzido para o português, os autores David B. Wolfe, Jag Sheth e Raj Sisodia, revelam as empresas tidas como notáveis estão gerando valor emocional, experiencial, social e financeiro, sem deixar de olhar o lado humano.

Na introdução da obra, eles citam que não se trata de seguir uma cartilha do “politicamente correto”, mas refutam que é o único caminho para a vantagem competitiva a longo prazo. O trio traz pontos importantes para a criação deste cenário, olha só:

  • As empresas precisam ajudar as pessoas a encontrarem a autorrealização pessoal, dentro do ambiente de trabalho, aquilo que procuram tão desesperadamente;
  • Líderes não falem sobre a criação de um ambiente de trabalho produtivo e feliz, mas se empenhem para que ele seja e aconteça de verdade;
  • Construa um negócio de alto desempenho baseado no amor.

Para todos estes, é preciso focar no desenvolvimento comportamental. A cultura não se cria colorindo paredes, ela nasce dentro das pessoas. E por que este desenvolvimento deve nascer dentro das empresas? Simples, porque não tivemos essa formação emocional e social, nem na escola e nem na Universidade. Não se fala em autoconhecimento, em se olhar, se valorizar, gerir conflitos ou liderança na nossa formação.

É preciso que a empresa dê a cutucada inicial para que se abra um ambiente confortável e seguro para falar se si mesmo, para errar rápido, para deixar a curiosidade sempre ativa para os colaboradores imaginarem o não óbvio, para entregarem resultados, mas rápido e de uma maneira mais saudável. Para melhorar o mercado, atingir o cliente, primeiro, a marca deve ser capaz de atingir com leveza a pessoa que a desenvolve, nutri para, assim, estimular o colaborador a trazer a personalidade dele de domingo na segunda também, sem personagem ou fantasia. Pessoas de verdade criam marcas e geram impactos verdadeiros para o mundo. Pense nisso!

*Maryana Rodrigues é fundadora da Humor Lab. Trabalhou como instrutora recreativa na Disney e foi estudar mais sobre Stand-up Comedy para entender como roteirizar o humor, com conteúdo, e levar para as empresas. Especializou-se no tema de inteligência emocional (Vale do Silício, Califórnia)

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