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Pesquisa Catho: mulheres na tecnologia são apenas 19%

Uma pesquisa salarial realizada pela Catho em fevereiro e divulgada nesta quinta (4) mostra que, mesmo ocupando os mesmos cargos e tendo as mesmas funções, mulheres ganham até 34% menos que homens. Nos cargos de liderança, em todos os níveis, elas também ganham menos do que eles, chegando a até 24% menos em funções como gerente e diretor.

Na área de tecnologia o resultado também é desigual: somente 19% dos contratados é mulher e, em média, elas ganham 11% menos que os homens. A lista de cargos com menor representatividade inclui programadores (14% de mulheres), engenheiros de sistemas operacionais (15%) e analista de sistemas de automação (16%). Em termos de remuneração, as maiores diferenças estão entre engenheiros de sistemas operacionais (33% a menos para elas), administrador de segurança da informação (31%) e analista de redes (30%)

Leia mais: Estudo: 30% das mulheres podem deixar empregos por excessos no home office

Segundo a pesquisa, mulheres enfrentam ainda outros obstáculos no mercado de trabalho. O segmento de tecnologia, mesmo mantendo contratações em ritmo acelerado durante a pandemia, tem dificuldade em inserir mulheres, principalmente em cargos de liderança.

“A tecnologia pauta o nosso futuro. É ela quem dita como vamos viver, evoluir, nos locomover e nos relacionar. E apesar de sermos mais da metade da sociedade brasileira, somos apenas 19% em cargos na área de tecnologia. Nosso futuro está sendo escrito pela metade”, declara em comunicado Regina Botter, diretora de operações da Catho.

Iniciativa de inclusão

Diante desse cenário, a Catho anunciou o lançamento do Essa Cadeira é Minha Tech. Trata-se de uma iniciativa do movimento Essa Cadeira é Minha, que completou um ano recentemente e tem como objetivo estimular mulheres a ocuparem cargos de liderança.

Uma das atividades propostas pelo movimento, em ação conjunta com o coletivo UX Minas Pretas e a WoMakersCode, fará a distribuição de 1,5 mil vouchers de gratuidade na plataforma da empresa para busca de vagas e envio ilimitado de currículos. O objetivo é apoiar mulheres na carreira e tornar o segmento de tecnologia mais “balanceado e igualitário”, segundo define Regina Botter.

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