O trabalho híbrido no chamado “pós-pandemia” é não só uma condição desejada pela maioria dos trabalhadores, mas um diferencial competitivo para as companhias que desejem reduzir a saída de profissionais e reter talentos. É o que revela um estudo da Cisco divulgado na semana passada, em que 64% dos entrevistados disseram que a capacidade de trabalhar de fora do escritório afeta diretamente a decisão de permanecer em um emprego.
O chamado Índice de Trabalho Híbrido (Hybrid Work Index, ou HWI) da Cisco foi feito com base em milhões de pontos de dados agregados de forma anônima. Considera também uma pesquisa feita com mais de 39 mil pessoas em 34 países, incluindo CIOs, tomadores de decisão de TI e funcionários da própria Cisco.
Apesar da expectativa por manter o trabalho híbrido, as pessoas ouvidas não tem certeza se os empregadores perceberão o potencial da modalidade. Menos da metade (47%) acham que a empresa permitirá esse tipo de trabalho nos próximos 6 a 12 meses. Apesar disso, a maioria dos entrevistados acha que saúde, bem-estar pessoal e acordos de trabalho flexíveis não são mais negociáveis no cenário de trabalho atual.
O Índice será atualizado trimestralmente e examina hábitos e interações das pessoas com a tecnologia durante o último ano e meio, em que a pandemia de COVID-19 definiu a forma como as pessoas trabalham. As descobertas, diz a Cisco, mostram que os trabalhadores esperam mais flexibilidade, acessibilidade e segurança.
Já as empresas estão lutando para atender a essas demandas, que incluem um uso cada vez maior de tecnologia.
Há outras descobertas importantes no que diz respeito aos hábitos de trabalho. Se antes da pandemia as pessoas usavam dispositivos móveis 9% do tempo em que estavam conectados a uma reunião, o número triplicou agora e chegou a 27%. As pessoas fazem reuniões de diversos lugares, mesmo em movimento.
Houve ainda crescimento do uso de inteligência artificial de mais de 200% no trabalho, entre julho e setembro de 2021. Isso inclui recursos de reunião como redução de ruído, tradução e transcrições automáticas, votação e reconhecimento de gesto.
Há também desafios. Apenas 48% dos participantes de reuniões online estão dispostos a falar nas sessões, o que talvez exija das empresas encontrar formas de estimular a participação de todos. Outro desafio é a segurança da informação: as tentativas de acesso remoto mal-intencionado aumentaram 2,4 vezes no período pesquisado.
Mais números descobertos no estudo da Cisco podem ser encontrados (em inglês) nesse link.
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