A realidade virtual é um ramo que está engatinhando, mas tem muito potencial. Empresas como Valve, Oculus RV e até mesmo a Sony e a Microsoft, estão se aventurando nesse cenário que envolve muitas criações digitais e um futuro ainda a ser explorado.
O problema maior no momento atual é que as pessoas que estão testando essa nova tecnologia se tornam típicos “ratos de laboratórios”: não sabem exatamente o que vai dar, os perigos e benefícios, mas mesmo assim estão ávidos para testarem o mundo de possibilidades que essa realidade traz.
E, como toda nova tecnologia, há o risco na segurança, física e digital, e de transformar essa ferramenta em uma arma nociva.
Uma das questões levantadas pelo jornalista Nick Wingfield, no jornal New York Times, é: o que acontece com as pessoas quando estiverem imersas no mundo virtual? Afinal, é fácil perder o rumo quando se está em um mundo onde aquela mesa não deveria existir – mas na realidade ela sempre esteve ali.
Para evitar colisões indesejadas e o problema da segurança física, por exemplo, os desenvolvedores da Valve estão trabalhando em um recurso chamado de “sistema acompanhante”, o qual mapeia o local onde está o usuário em busca de possíveis barreiras do mundo real.
Há também a questão de roubos. Quando se usa um dispositivo de realidade virtual em público, essa pode ser uma questão bem preocupante, porque o usuário se torna um alvo fácil – sem contar as trombadas que podem ocasionalmente acontecer.
Outra questão levantada pelo jornalista é a facilidade com que abusos podem ocorrer com um dispositivo desse tipo. Em mundos de jogos imersivos – e com a possibilidade que a internet traz de anonimato – o potencial de assédio é enorme.
Segundo afirma ao NWT Matt MacIIwain, diretor da Madrona Venture Group, uma empresa de venture capital de Seattle, a realidade virtual pode potencializar tanto os aspectos ruins da natureza humana quanto os bons.
Pode ser que, no futuro, a estranheza de encontrar alguém na rua usando um dispositivo de realidade virtual seja bem menor do que o imaginado. E estejamos mais preparados para os desafios em segurança que essa outra realidade traz.
E você, o que acha?