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Oracle quer ser a maior companhia de SaaS da América Latina

Não só a Oracle afirma ser a única empresa atualmente no mercado que possui soluções para todas as camadas da nuvem. A empresa também tem a ambicioso meta de ser a melhor no mundo de cloud e, para a América Latina, o objetivo não poderia ser menor: ser a maior companhia de SaaS da região, de acordo com Mard Hurd, coCEO da empresa. A afirmação foi dada durante uma sessão de perguntas e respostas concedida a jornalistas durante o Oracle OpenWorld 2015, evento anual da empresa realizado entre 25 e 29 de outubro, em San Francisco (EUA).

O executivo afirma que a região mostra grandes oportunidades para a empresa, onde o crescimento tem sido grande – a companhia praticamente dobrou a equipe na região nos últimos anos – e o desempenho “excelente”, como ele mesmo definiu. “Essa é uma das melhores horas de investir [com o cenário instável], porque é quando outros não estão fazendo o mesmo”, completa.

Hurd sempre reafirma em eventos o compromisso que tem com os países da região e aponta o data center do Brasil como um dos resultado dessa iniciativa, mas informações sobre a instalação, que foi anunciada no ano passado, continuam um mistério. Apesar disso, Cyro Diehl, presidente da Oracle para o Brasil, afirmou que o data center foi construído com o intuito de endereçar questões como rapidez, agilidade e latência, e algumas partes de serviços já estão disponíveis para contratação, como ERP, CRM e HCM – mas só em partes.

Programa de parceiros
Com a sua estratégia de tornar-se número um em cloud no mundo, a Oracle tem investido fortemente em atrair as empresas chamadas de “nascidos na nuvem” para ajudá-la nessa empreitada. De acordo com Francislaine Muratorio, vice-presidente de alianças e canais para América Latina, esses novos perfis representam aquelas empresas que a companhia quer trazer para o ecossistema Oracle.

Atualmente a companhia conta com 2 mil parceiros na região, sendo 700 revendas Oracle no Brasil e 150 já trabalhando com cloud. Além disso, cerca de 45% da receita da empresa na América Latina é feita por meio de canais – o Brasil representa a maior fatia, cerca de 50%.

A aposta atual é com o programa OPN Cloud for Partners, a ser oficialmente lançado em fevereiro do ano que vem, que possui alguns requisitos diferenciados do OPN tradicional e que interessados podem aderir até o final do ano fiscal da empresa – maio 2016 – de forma gratuita.

Segundo Francislaine, no mundo atual de cloud, se o serviço não for bem feito, o contrato simplesmente não é renovado. Então, a ideia do OPN Cloud é permitir que haja a possibilidade de realizar projetos menores, que não demandam um investimento tão alto, provar a solução e aumentar a adoção em doses homeopáticas.

Também para trabalhar nesse ponto, a empresa possui um time de especialistas para ajudar clientes a permanecerem na empresa. De acordo com Eduardo López, vice-presidente de Arquitetura e Consultoria de Vendas para a Oracle América Latina, a companhia treinou 1,2 mil profissionais para se especializarem na implementações de produtos em cloud. Além disso, o executivo afirma que a Oracle possui um portfólio que pode ser adotado para diferentes cenários de crises, não importando o tamanho ou nicho de atuação da organização. “Investimos no backstage para ajudar a criar um ecossistema que possa sustentar o futuro do negócio de cloud na América Latina”, afirmou.

A ampla gama de soluções e serviços fornecidos pela empresa também foi ressaltado  por Fernando Vendramini, vice-presidente de vendas e serviços de cloud da empresa para a América Latina, como um dos diferenciais da Oracle perante concorrentes. “Quando você contrata um serviço você quer que ele seja entregue. Então existem as capacidades para entregá-lo e a capacidade estrutural para fazer frente ao desafio de entrega e temos as duas coisas”, afirma. “Temos um portfólio bastante abrangente e quase 100% dos projetos são entregues dentro dos prazos e orçamentos.”

Vale ressaltar que programa OPN Cloud for Partners serve para aprimorar o relacionamento com parceiros antigos que também querem entrar no mundo da nuvem e ajudá-los a fazer a mudança mais tranquilamente. “Os parceiros não precisam necessariamente abandonar o que já vendem para ir para a cloud, além disso ele pode trabalhar em outros países da América Latina”, afirma Francislaine, complementando que a empresa tem investido fortemente em treinamento para capacitação de parceiros.

*A jornalista viajou a San Francisco (EUA) a convite da Oracle

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