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Oracle perde US$ 3 bilhões em veredito de caso HP Itanium

A Oracle foi condenada por um júri nos Estados Unidos a pagar US$ 3 bilhões após constatação de que o bilionário Larry Ellison e sua empresa violaram um contrato para apoiar com um software o chip Itanium, então da Hewlett-Packard, agora HPE.

O júri entendeu que os esforços de Ellison e do ex-CEO da HP Mark Hurd (e agora CEO da Oracle) eram o de prejudicar a antiga empresa de Hurd, disse o jurado Kyra Knaver, estudante da Universidade Loyola Marymount, em Los Angeles. Ellison contratou Hurd para a Oracle em 2010, pouco tempo depois de Hurd ter renunciado ao cargo em meio a uma investigação sobre sua relação com uma funcionária terceirizada da HP.

Os jurados no tribunal estadual de San Jose, na Califórnia, chegaram ontem (30/6) ao veredicto unânime em menos de cinco horas de deliberações concluindo que a decisão da Oracle de acabar com um acordo para desenvolver software para o chip Itanium feriu a receita da HP. A Oracle disse que vai apelar o veredicto, que é o maior dos EUA neste ano, segundo dados compilados pela Bloomberg News.

Em comunicado enviado à imprensa internacional, a HPE afirmou que a decisão da Oracle de parar o desenvolvimento do software na plataforma de servidor Itanium em março de 2011 foi uma “clara violação do contrato que causou graves danos para HP e nossos clientes”.

A decisão é a segunda derrota da Oracle em pouco tempo, logo depois de a empresa perder uma ação de US$ 9 bilhões para o Google. O valor de US$ 3 bilhões, que se em última análise for pago, representa 5,4% do dinheiro da Oracle avaliado em US$ 56 bilhões, segundo dados compilados pela Bloomberg.

Relembre o caso
Em 2010, a Oracle decidiu parar de apoiar o chip Itanium entre outros produtos. Dois anos depois, um juiz determinou que a Oracle estava contratualmente obrigada a continuar a desenvolver software para Itanium. A Oracle disse ao júri no julgamento deste mês que tinha reintroduzido a plataforma no mercado e que incluiria suporte para futuras atualizações.

Na época, a então HP, agora HPE, argumentou que ao abandonar o produto em 2011, o estrago já estava feito.

O chip Itanium, desenvolvido em colaboração entre HP e Intel em 2001, foi apresentado como arquitetura que seria difundida na indústria de computadores por muitos anos. O processador, no entanto, não conseguiu a massiva adoção de toda a indústria, fazendo com que tanto HP quanto Intel reduzissem seus investimentos na tecnologia.

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