OpenDNS capta US$ 35 milhões para segurança, inteligência e integração

A plataforma OpenDNS recebeu US$ 35 milhões de uma série de investidores de venture capital e da gigante do setor de redes Cisco Systems, a fim de alavancar iniciativas em três áreas: inteligência, visibilidade de ameaças visíveis e integração com workflows, ferramentas e sistemas que permitam a criação de um ecossistema seguro.
“Nós queremos identificar mais ameaças, então isso significa coletar e analisar mais dados, fazer mais pesquisas e encontrar mais processos com erros”, explicou David Ulevitch, CEO da OpenDNS. “ Nós queremos visualizar mais ameaças, o que significa ter uma cobertura mais ampla sobre mais dispositivos, verificar mais o tráfego, fazer inspeções mais aprofundadas e ter a habilidade de bloquear ainda mais ameaças, independentemente da porta, do protocolo ou da aplicação.”
Combinada com a habilidade de identificar ameaças de segurança avançadas e o seu modelo de entrega, a companhia está em forte crescimento, define Ulevitch. “E agora nós temos US$ 35 milhões para fazer tudo acontecer ainda mais rápido.”
O montante vem de recursos como a Sequoia Capital, que está novamente investindo no OpenDNS, e de novos investidores, como a Northgate Capital. Outra empresa envolvida na operação é a Cisco Systems que, segundo o analista da Gartner Lawrence Orans, tem sinergias claras com OpenDNS quando se trata de análises.
“[OpenDNS] usa vários tipos de consultas DNS para detectar padrões de ataque enquanto eles se desenvolvem em estágios iniciais,” relata Orans. “A Cisco está fazendo investindo bastante em analytics em big data. Neste ano, foi anunciada o Cognitive Threat Analytics [ferramenta de analytics de ameaças cognitivas], baseada na aquisição da Cognitive Security no ano passado. A CTA analisa logs de internet para estabelecer padrões, por exemplo, de atividades a partir da geografia. Está claro que a Cisco está promovendo a análise de dados na nuvem, e estes investimentos em OpenDNS irão fornecer acesso a tecnologias que irão complementar o que eles já possuem.”
Já a Cisco afirmou ao portal Dark Reading que a companhia deseja fazer parte das mudanças no mercado de segurança que possam ser significativas para os clientes da Cisco.
“Melhorias em serviços de segurança na nuvem são esperadas nos próximos anos como um caminho para os clientes protegerem usuários e ambientes”, relatou um assessor da Cisco. “Além disso, queremos acrescentar investimentos em companhias e tecnologias que se alinham à estratégia de entregar inteligência cibernética segura para o mundo real.”
Atualmente, a OpenDNS diz ter 50 milhões de usuários ativos de seus serviços em mais de 10 mil empresas que usam suas soluções de segurança. Seu portfólio é centrado em seu serviço de segurança Umbrella e na plataforma de inteligência preditiva para ameaças, conhecida como “Security Graph”. Graças a sua posição na internet e ao uso de grandes análises de dados, a companhia diz que, em cada segundo, a tecnologia processa mais de um milhão de eventos na internet para descobrir e prever quando e onde novos ataques na internet estão sendo organizados.
Uma das maiores saídas para o negócio, diz o analista Rick Holland, da Forrester Research, é que este é um investimento em como a segurança será no futuro.
“Os dias de aplicações de segurança locais estão contados, e a segurança de dados na nuvem é o único caminho para medir quanto mais e mais usuários estão saindo do perímetro de proteção de aplicações com segurança local,” comentou. “Menos abrangente, mas também é algo que eu gosto, a Open DNS faz um grande trabalho ao visualizar seus dados DNS de maneira significativa. Ela é fantástica para resposta de incidentes. Este é um dos poucos exemplos de dados que atualmente são úteis para as empresas.”
“OpenDNS é o futuro da segurança empresarial, protegendo funcionários na rotina de trabalho atual”, afirmou Stefan Dyckerhoff, diretor de gestão da Sutter Hill Ventures e executivo-sênior na Cisco e Juniper Networks. “Nós estamos orgulhosos em ser investidores na companhia e acreditamos na equipe na missão.”