Notícias

Oito dicas de como estruturar um feedback construtivo

O feedback tem o poder de reduzir conflitos no ambiente de trabalho, aumentar o desempenho individual e das equipes, causar uma mudança significativa no comportamento dos profissionais, além de ser uma maneira eficaz de dar direcionamentos, apontar as melhorias, engajar e manter o foco do time.

Com tantos benefícios, é difícil imaginar o motivo de ainda vermos poucas empresas utilizando o feedback construtivo como ferramenta de gestão de pessoas. Fazer o feedback de maneira estruturada, buscando extrair o melhor da conversa e fornecendo para cada profissional informações valiosas sobre o seu desempenho, é uma tarefa que exige metodologia. Portanto, separei oito dicas de como preparar um feedback construtivo.

#1 Aja pontualmente diante da situação: assim que algo acontecer a ponto de impactar o desempenho do trabalho, o rendimento da equipe, ou o desenvolvimento do projeto, dê o feedback para os profissionais envolvidos na situação para que o problema seja corrigido pontualmente. Na maioria dos casos, o profissional não sabe que está errando, portanto, o quanto antes você alertá-lo sobre como corrigir determinada situação, menores serão os danos.

#2 Sensibilidade e ética: ao dar um feedback, por mais grave que tenha sido o erro, lembre-se que quem está do outro lado é uma pessoa, que sente, sofre e que tem expectativas e frustrações sobre si mesma. Seja sensível para apontar as melhorias comportamentais, ou mesmo para indicar as falhas operacionais. Seja ético em relação a não expor o profissional. O feedback tem que ser uma ferramenta de aprimoramento e não um ambiente de bronca e puxões de orelha.

#3 Utilize a comunicação não violenta: a CNV é uma abordagem para solução de problemas e resolução de conflitos. Utilizando esse método, a liderança consegue apontar o que deu errado e por que deu errado, apenas observando o problema e sem julgar as pessoas envolvidas. Ao distinguir sentimentos de opiniões, é possível chegar a um consenso sobre o que deveria ter sido feito e, portanto, o que a liderança esperava do profissional e qual era a necessidade real em relação ao que deu errado. Por fim, a abordagem sugere que seja feito um pedido claro, para que ambos saiam da conversa com um plano de ação. Estudar a CNV é uma excelente forma de construir diálogos construtivos e estruturar feedbacks.

#4 Não foque na pessoa: nós, seres humano, tendemos a nos defender quando somos atacados. É uma reação natural que não controlamos. Sendo assim, uma das principais dicas é não focar na pessoa e sim na situação. Mostre que qualquer membro da equipe que cometesse esse deslize teria que corrigir a rota. Dessa forma, você não torna o feedback algo pessoal e ele passa a ser construtivo e em prol da melhoria.

#5 Comece pela positivo: Ao iniciar a conversa, reconheça o que o profissional tem de bom. Mostre que ele é valioso para o time e só depois aponte a correção de rota. Assim, você mantém o profissional engajado, além de torná-lo mais receptivo a ouvir o feedback de melhoria.

#6 Feedback é uma conversa: deixe espaço para que o profissional diga o que ele sente e pensa. Esse é um momento importante para criar vínculos de confiança. Esteja disposto a ouvir a outra pessoa. É possível que ele também tenha um feedback para você e não descarte a oportunidade de criar esse elo com sua equipe.

#7 Traga informação e dados: dar um feedback embasado é a melhor maneira de fazer o profissional entender onde ele está errando. Quando o feedback está baseado em melhorar o comportamento profissional é mais difícil, mas mesmo assim é possível indicar como aquele comportamento afeta o resultado final do trabalho, gerando maior gasto de tempo, mais desperdício de recursos, entre outros fatores tangíveis do negócio. Quando o feedback é muito subjetivo, nem o profissional nem a liderança conseguem chegar a um consenso sobre o plano de ação para corrigir a rota.

#8 Planos e metas: finalize a conversa sempre no positivo, planejando juntos os próximos passos, as próximas ações e como as melhorias discutidas podem começar a impactar no resultado do negócio. Quando se tem clareza sobre onde se deseja chegar, é muito mais fácil executar as ações. Nesse sentido, é papel da liderança apontar a direção e manter os profissionais engajados.

Lembre-se,  quando algo está dando errado a responsabilidade é compartilhada e nunca individual. Enquanto líder, seu papel é gerenciar as pessoas e dar direcionamentos à equipe. Comece a corrigir a origem do problema em suas próprias atitudes e não desestimule ou faça as pessoas temerem o erro, pois eles muitas vezes, nos ensinam até mais do que os acertos.

*Dalton Morishita é headhunter na Trend Recruitment. Graduado em administração de empresas com especialização em Business pela Australian Professional Skills Institute.

Recent Posts

Pure Storage aposta em mudança de paradigma para gestão de dados corporativos

A Pure Storage está redefinindo sua estratégia de mercado com uma abordagem que abandona o…

1 dia ago

A inteligência artificial é mesmo uma catalisadora de novos unicórnios?

A inteligência artificial (IA) consolidou-se como a principal catalisadora de novos unicórnios no cenário global…

2 dias ago

Finlândia ativa a maior bateria de areia do mundo

À primeira vista, não parece grande coisa. Mas foi na pequena cidade de Pornainen, na…

2 dias ago

Reforma tributária deve elevar custos com mão de obra no setor de tecnologia

O processo de transição previsto na reforma tributária terá ao menos um impacto negativo sobre…

2 dias ago

Relação entre OpenAI e Microsoft entra em clima de tensão, aponta WSJ

O que antes parecia uma aliança estratégica sólida começa a mostrar rachaduras. Segundo reportagem do…

2 dias ago

OpenAI fecha contrato de US$ 200 milhões com Departamento de Defesa dos EUA

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos firmou um contrato de US$ 200 milhões com…

2 dias ago